Novos programas

O aumento de vendas de smartphones e a chegada dos tablets transformaram o mercado de softwares para dispositivos móveis em um dos que mais crescem no mundo

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Por Filipe Serrano
Atualização:
 

O celular já tinha câmera, tocava música e rádio, acessava a internet, começava a usar GPS, sensores de movimento e telas de toque. Quando parecia que todos os limites do hardware tinham sido extintos, o que mais ele poderia ter? “Aplicativos”, definiu a Apple quando lançou a App Store em 2008 e criou o que viria a se tornar o principal ambiente de inovação atualmente.

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A ideia de instalar programas no celular não era nova – muitos jovens já baixavam games e adultos usavam Word e Excel em seus Palms e PDAs com suas canetinhas stylus. Mas depois de lançar o iPhone, a Apple percebeu que as pessoas poderiam fazer muito mais com o telefone móvel se ela abrisse o seu sistema a outras empresas e desenvolvedores para que eles criassem novos conteúdos.

Hoje, os aplicativos são vistos como a internet há pouco mais de uma década. As startups mais promissoras, como o Foursquare, Instagram, Flipboard e Rovio (que faz o game Angry Birds), surgiram criando novas funcionalidades para o celular.

O Gartner estima que as vendas de aplicativos como esses vão somar US$ 15 bilhões neste ano. Para não perder relevância em uma internet móvel, o Google também passou a focar no lançamento de serviços para celulares e tablets e seu Android se tornou o principal rival da Apple neste cenário.

Não é a toa que as vendas deste tipo de celular que roda aplicativo, como o iPhone, também só decolam. No ano passado, foram vendidos cerca de 300 milhões de smartphones no mundo – mais da metade deles, iPhones, Androids e BlackBerrys – um número 72% maior do que no ano anterior. Em 2011, a expectativa é que eles vendam ainda mais, incluindo no Brasil, onde os preços têm caído com uma oferta de modelos já bastante alta.

A aposta da Apple nos aplicativos – repetida no iPad – tem sido um dos responsáveis pelo seu crescimento impressionante. Só de janeiro a março, ela vendeu 4,69 milhões de iPads e 18,65 milhões de iPhones (117% a mais do que no mesmo período de 2010), segundo o balanço divulgado na semana passada. As vendas dos aparelhos renderam à empresa de Steve Jobs uma receita total de US$ 24,67 bilhões, 82% maior do que nos últimos três meses de 2010.

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• Antes de sair baixando, veja a quantidade de memória no seu celular ou tablet. Nos Androids, há dois tipos – interna e externa. Até a versão 2.1, apps só podem ser gravados na memória interna. A partir da versão 2.2, eles podem ficar no cartão de memória (externa). Nos aparelhos da Apple, dá para usar todo o espaço para guardar aplicativos. Atente, porém, ao tamanho deles. O iBooks tem só 14 MB. Já o Riven, game para iPhone e iPad, tem 1 GB.

• Aplicativos baixados (pagos ou gratuitos) ficam registrados na sua conta da Android Market ou na App Store. Se você trocar de aparelho, pode acessar a conta pelo iTunes ou pelo site da Android Market para baixá-los novamente. Mas atenção: nem todos os aplicativos estão disponíveis no Brasil. A rádio online Pandora, por exemplo, só tem licença para tocar músicas dentro do território dos EUA. Outros apps são bloqueados por operadoras brasileiras.

—- Leia mais:Link no papel – 25/04/2011

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