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Número de e-books no Brasil é 'inexpressivo'

Pesquisa sobre mercado editorial brasileiro mostra que e-books são menos de 1% e editoras comentam vinda da Amazon

Por Murilo Roncolato
Atualização:

Pesquisa sobre mercado editorial brasileiro mostra que e-books são menos de 1% e editoras comentam vinda da Amazon

 

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SÃO PAULO – Em 2011, o Brasil vendeu pouco mais de 5 mil produtos de leitura digitais (PDFs, apps e e-books), o que gerou uma receita de R$ 868 mil. O valor não chega a 1% quando comparado ao total gerado pelo mercado editorial do País: R$ 4,8 bilhões. Os e-books foram incluídos na pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) pela primeira vez neste ano. A pesquisa foi apresentada nesta quarta-feira, 11, em São Paulo.

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Segundo a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro 2011, dos 5.235 títulos comercializados, 3.958 se tratam de documentos em PDF (receita de R$ 186,4 mil; 21% do total) , um formato popular, porém inferior se comparado ao e-Pub, utilizado como padrão para leitores de livros digitais. Este, representou 1.036 dos títulos (e R$ 257,3 mil da receita; quase 30% do total). Apps de livros, uma das formas possíveis de se criar maneiras interativas e mais sofisticadas de ler, somaram apenas 49 unidades (receita de 195,7 mil; 22% do total); por fim, os ‘enahnced books’, nome dado aos produtos mais elaborados com recursos de interatividade mais complexos totalizaram 192 títulos (e R$ 228,9 mil; 26% do total)

A presidente do Sindicato Nacional de Editores (Snel) e vice-presidente do Grupo Record, Sônia Machado Jardim, diz que o número de e-books vendidos no País é “inexpressivo”, mas credita isso ao fato de as editoras nacionais ainda estarem em “fase de investimento”.

Inevitavelmente, a chegada da Amazon no Brasil – prevista para acontecer até novembro e que está deixando o mercado nacional apreensivo – foi assunto no encontro desta quarta.

Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL) “Esperamos que a Amazon venha aumentar o mercado, não acabar com nenhum elo da cadeia e nem assombrar nenhum editor. Esperamos, então, que ela venha complementar a oferta de títulos e aumentar a possibilidade de distribuição de uma maneira mais igualitária dentro do nosso país, já que não temos livrarias em todos os municípios”.

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Sônia Machado Jardim, presidente do Snel e vice-presidente do Grupo Record “Olhamos com algum temor para o que aconteceu no mercado americano. A segunda maior cadeia de livrarias ter quebrado lá é uma preocupação. Esperamos que a entrada de um player desses, com um poder de fogo enorme, não venha dar uma chacoalhada no nosso mercado e que todos consigam conviver em paz e harmonia. Que a Amazon venha para fazer crescer o mercado, e não para desestabilizá-lo”

Leia a reportagem completa sobre a pesquisa aqui.

—-Leia mais:Tensão pré-Amazon

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