Nos dias de hoje, em que boa parte dos dados essenciais estão nos computadores, smartphones e tablets, ter um local alternativo de armazenamento de arquivos é fundamental, seja para aliviar a memória ou para evitar perder documentos importantes. No entanto, na hora de escolher uma nova forma de armazenamento, sempre surgem dúvidas sobre qual a melhor saída: nuvem ou HD externo?
Apesar da grande profusão de sistemas de armazenamento digital —que muitas vezes são oferecidos gratuitamente por grandes empresas de tecnologia, como Google e Apple — ainda há pessoas que optam pelo método físico, com discos rígidos. Para o professor Marcos Antonio Simplicio Junior, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, a principal vantagem para quem opta pelos HDs é o fato de os dados estarem sempre à mão e seguros. “Com o backup local, ninguém tem acesso a seus dados, mesmo que eles não estejam criptografados, já que existe uma proteção física.”
O principal problema dos HDs, contudo, é a sua fragilidade, já que a integridade dos dados depende diretamente do funcionamento do dispositivo. Se o produto sofrer uma falha, os dados podem ser perdidos facilmente. Isso torna a opção arriscada, caso o usuário confie no HD como sua única opção de backup.
A nuvem, por outro lado, não oferece esse problema, já que os arquivos dificilmente serão perdidos. Simplicio explica que usualmente as empresas fazem três cópias em locais diferentes dos seus documentos. “Mesmo que coloquem fogo em um local, outros dois terão os seus dados. E assim que o primeiro pegar fogo, a empresa vai replicar mais uma vez”, diz o professor
Na nuvem, já que os arquivos podem ser acessados remotamente. Outra vantagem é o fato de alguns serviços oferecerem a função de sincronizar os dados do computador automaticamente. Para ele, isso é uma grande facilidade, já que “dificilmente as pessoas têm o hábito de fazer backups manualmente”.
Segurança. Ao colocar arquivos em empresas que oferecem backup em nuvem, as empresas donas do serviço terão acesso às informações contidas ali. Apesar de os termos de uso garantirem a privacidade dos dados, muitos usuários não se sentem seguros.
Simplicio comenta que hoje já existem diversos aplicativos gratuitos, desenvolvidos especialmente para os serviços de nuvem, que oferecem meios para proteger os arquivos com senha. “O BoxCryptor e o CryptSync, por exemplo, codificam os documentos antes de mandá-los para nuvem”, diz o professor.
Custo. Quando consideramos o preço, no entanto, o HD externo tem uma certa vantagem, especialmente quando precisa-se armazenar grandes volumes a longo prazo. Em média, hoje, um HD com capacidade de 1 TB custa entre R$ 250 e R$ 300. Sua vida útil é de quatro anos, quando utilizado continuamente, mas pode chegar a dez, se for usado de maneira intermitente.
Já as principais plataformas de nuvem hoje cobram, em média, R$ 350 reais por ano para armazenar 1 terabyte. Mas se o usuário precisar de um espaço menor, uma alternativa são as versões gratuitas, que oferecem entre 2 GB e 15 GB sem cobrar nada dos usuários. Confira, abaixo, os preços dos principais serviços de armazenamento em nuvem no mercado:
Google Drive
1 TB - R$ 35/mês
15 GB - gratuito
Dropbox
1 TB - US$ 8,25/mês (aproximadamente R$ 26)
2 GB - gratuito
Microsoft OneDrive
1 TB (disponível apenas com o Pacote Office) - R$ 239/ano
50 GB - R$ 7/mês
5 GB - gratuito
Apple iCloud
1 TB - US$ 9,99/mês (aproximadamente R$ 31)
5 GB - gratuito
*É estagiária, sob supervisão de Claudia Tozetto