PUBLICIDADE

O humor como tecnologia

Christina Xu, cofundadora da Rofl Con, fala sobre a importância do riso na internet

Por Redação Link
Atualização:

Christina Xu, cofundadora da Rofl Con, fala sobre a importância do riso na internet

PUBLICIDADE

Por Paula Carvalho

SÃO PAULO – Assim como as diversas ferramentas listadas por Marshall McLuhan em Os meios de comunicação como extensões do homem, o humor pode ser considerado uma tecnologia inventada para lidar melhor com assuntos delicados e fazer que as pessoas se aproximem mais. É nisso que Christina Xu, cofundadora da Rofl Con, acredita.

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter, no Facebook e no Google+

Muitas vezes usado nocivamente, o humor também pode tornar as pessoas mais motivadas a participar de projetos e mais identificadas entre si. Ele comunica com facilidade, mas é difícil de ser percebido entre governos controladores e pode ser eficaz ao fazer críticas, como quando os episódios de rádio do Superman contribuíram para que a Ku Klux Klan perdesse força nos Estados Unidos.

A Rofl Con, similar ao festival Youpix no Brasil, é um evento norte-americano realizado no Massachussetts Institute of Technology (MIT) que discute cultura de internet e reúne participantes famosos nessa área — de Vincent Connare, criador da fonte Comic Sans, a Fred Turner, diretor do departamento de comunicação da Universidade Stanford. Além disso, Christina também possui dois outros projetos: o Awesome Foundation e o Institute of Higher Awesome Studies.

A fundação Awesome surgiu com uma ideia simples: se dez amigos se juntarem e cada um doar a quantia de US$ 100 é possível financiar algum projeto — desde patrocínio a artistas de rua à criação de sistemas de satélites caseiros que mapeiam comunidades. A fundação gerou o instituto Higher Awesome Studies, que envolve projetos com um perfil mais sério, como crowdsourcing para financiar jornalistas independentes.

Publicidade

Christina, que estudou história da ciência na faculdade, acredita que é melhor fazer coisas pelo bem do mundo com humor do que sem ele — o que pode ser utópico em lugares como a Síria, em que o cartunista Ali Ferzat teve suas mãos quebradas — mas tem funcionado entre seus projetos.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.