O poder de atração dos nerds

Um estudo da Universidade de Maryland, publicado hoje na New Scientist, revelou que, sim, o cérebro conta muito na hora da fêmea escolher com quem vai acasalar. “Machos que resolvem melhor os problemas acasalam com mais fêmeas”, disse o pesquisador Jason Keagy, que estuda o comportamento… de aves.

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Por Tatiana Mello Dias
Atualização:

É. Analisando como pássaros australianos namoram, Keagy percebeu que as fêmeas acabavam preferindo os machos que construíam os ninhos ornamentados e executavam as danças de acasalamento mais difíceis.

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Para estudar o comportamento humano, o método foi apenas perguntar às fêmeas. E foi isso que fizeram cientistas da Universidade da Carolina do Norte: eles apresentaram às estudantes fêmeas, ops, mulheres, vídeos mostrando homens desempenhando várias tarefas cognitivas e atléticas. Na hora de escolher os mais atraentes, foram nos mais inteligentes.

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Quanto aos pássaros: os machos foram submetidos a um teste para remover blocos vermelhos – cor odiada por eles – de seus ninhos de duas maneiras diferentes. Na primeira, os blocos foram colocados sob plásticos transparentes, que tinham que ser removidos. Na segunda, os blocos foram presos no chão do ninho. Os machos mais espertos foram os que perceberam que, cobrindo o objeto, ele ficaria invisível.

Segundo o pesquisador, os machos com melhor habilidade para resolver problemas tendem a construir ninhos melhores e, assim, conseguir mais fêmeas.

Os humanos, porém, tendem a ser monogâmicos, enquanto os pássaros acasalam com o maior número de fêmeas possíveis. Qual seria a explicação para esse comportamento comum das fêmeas?

Segundo a New Scientist, a inteligência pode ser um indicador de qualidade genética, e esses genes bons podem ser passados para os filhos. “Um macho que tem um bom funcionamento cerebral probavelmente será bom em sobrevivência”, disse Keagy.

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