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O que une hackers e ambientalistas?

Painel no Fisl 14 mostrou como hackers e desenvolvedores podem contribuir com questões ambientais

04/07/2013 | 08h00

  •      

 Por Ligia Aguilhar - O Estado de S. Paulo

Painel no Fisl 14 mostrou como hackers e desenvolvedores podem contribuir com questões ambientais

PORTO ALEGRE – O que entusiastas do software livre e ambientalistas têm em comum? O debate sobre direitos autorais chegou ao campo desde que as sementes transgênicas entraram no mercado e agricultores passaram a pagar royalties a empresas detentoras de patentes de variedades de plantas modificadas geneticamente.

Tadzia comparou transgênicos a softwares pagos. FOTO: Divulgção/Fisl

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O que poucos hackers e desenvolvedores se dão conta é de que essa discussão tem muito a ver com a questão do software livre e que a tecnologia pode ser usada para desenvolver soluções para garantir a liberdade de produtores rurais e para apoiar causas ambientais.

Esse foi o debate levado por Tadzia Maya na quarta-feira, 3, ao painel “Copyfight: muito além do download grátis”,  no Fórum do Software Livre  (Fisl 14) em Porto Alegre, no RS.

Sua defesa sobre o uso da tecnologia para ajudar comunidades que defendem o uso de sementes livre (que não foram modificadas geneticamente nem patenteadas) e desenvolver sistemas similares ao copyleft (sem restrições de direitos autorais) para que agricultores não precisem pagar royalties por sementes surpreendeu até o cofundador do Pirate Bay, Tobias Andersson, que participou do mesmo painel. “Me sinto pequeno perto do que você faz”, disse ele, ao fim da apresentação.

Tadzia é responsável por uma casa de sementes livres dentro de uma escola pública em Aldeia Velha, no município de Silva Jardim, no Rio de Janeiro. Para explicar sua causa, comparou sementes transgênicas a softwares pagos.

“Sementes são códigos com um programa e também podem ser hackeadas e modificadas.  Ao longo dos anos, os agricultores fizeram o melhoramento das sementes de forma natural, escolhendo as melhores para serem plantadas. As empresas perceberam isso e começaram a fazer pequenas alterações genéticas e a patentear as sementes modificadas”, explicou. “Essas sementes não têm a mesma capacidade de reprodução  das livres porque contém um gene que as impede de gerar outras sementes de boa qualidade, obrigando o agricultor todos os anos a comprar novas sementes e pagar royalties, ficando dependente do dono da patente”.

Para ela, esse cenário exige que o debate sobre propriedade intelectual seja  levado para o campo. Mas, afinal, o que hackers e desenvolvedores podem fazer pela agricultura?

“Existe algo simples que é ajudar os movimentos agroecológicos a fazer nossos sistemas, nossas redes de contatos e a criar sistemas para catalogar sementes. Eu já tentei criar grupos de e-mails nas comunidades com as quais tenho contato muitas vezes, mas falta conhecimento e ferramentas mais eficientes”, diz.

Outra questão é utilizar o debate sobre software livre como base para pensar em propostas de sistemas alternativos para sementes, como o copyleft. “É uma parte mais filosófica, mas precisamos da ajuda de pessoas familiarizadas com o tema para pensar em soluções”, diz.

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