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Ônibus Hacker pronto para mudar a direção

Ônibus de membros da Casa de Cultura Digital vai ao Fórum de Software Livre oferecer oficinas e espalhar cultura hacker

Por Murilo Roncolato
Atualização:
 

Ônibus de membros da Casa de Cultura Digital vai ao Fórum de Software Livre oferecer oficinas e espalhar cultura hacker

PORTO ALEGRE – O Ônibus Hacker, projeto tocado pelo pessoal do Transparência Hacker, da Casa de Cultura Digital, percorreu os 1.100 Km que separam São Paulo e Porto Alegre e estacionou no Fórum Internacional de Software Livre (Fisl). Além da sua função original como meio de transporte, o veículo foi hackeado para ser útil também para a realização de oficinas, reuniões, exibição de filmes, para dormir, comer… A ideia é contagiar outras pessoas com esse modo hacker de se pensar sobre as coisas no pouco tempo que terão.

 

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“O que a gente faz é estimular a apropriação crítica”, explica a passageira Lívia Ascava, 28 anos, do Transparência Hacker.

Com o Fisl, o Ônibus chega à sua 13ª “invasão hacker” – como chamam o ato de marcarem presença em eventos pelo Brasil. Nele, já viajaram mais de 120 pessoas e já foram ministradas cerca de 45 oficinas diferentes, que ensinam a qualquer pessoa desde montar um projeto de lei por iniciativa popular até construir sua própria infraestrutura necessária para uma rádio “livre”.

Há 10 dias, esse espaço multifuncional ambulante completou um ano de vida. Lívia Ascava diz que nesse tempo, o grupo tripulante aprendeu melhor como atrair público, acertaram as oficinas e juntaram aparato necessário para realizar eventos em qualquer lugar.

É a segunda vez do Ônibus em Porto Alegre. A primeira vez foi também a primeira “invasão”. “Mas foi um desastre”, confessa Ascava. “A gente ainda não fez a invasão ideal. O que animava o pessoal no começo era a ideia de ocupar cidades minúsculas, de sete mil habitantes no máximo. Fazer pré-produção, deixar uma galera passando dias antes lá estudando o lugar e levar o Ônibus só depois, com tudo armado. O impacto seria muito maior e mais ágil”, opina.

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Até agora, o Ônibus rodou o País atendendo demanda. Eventos alternativos ligados a cultura da internet, como a Virada Digital em Paraty, adquiriram o costume de guardarem uma vaga no estacionamento para os hackers. A proposta – ainda a ser melhor definida – é de que o Ônibus passe a escolher seus destinos por conta própria.

Até o fim deste sábado e do Fisl, no entanto, a maior preocupação do grupo será finalizar o hackeamento de um painel de LED comprado por uma pechincha em São Paulo (veja abaixo), mas que veio com controlador proprietário. Participantes do Fórum já deram uma mãozinha, trocaram o hardware original por um Arduíno e, logo mais, o aparelho todo estará finalmente “livre”.

Para saber quais serão os próximos destinos do Ônibus, acesse a página do projeto no Facebook.

 
 
 

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O Fórum Internacional de Software Livre vai até este sábado, 28, com palestras ocorrendo das 10h às 19h, diariamente. Para mais detalhes, acesse o site oficial e continue acompanhando as notícias pelo Link.

* O repórter viaja a convite da organização do Fisl.

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