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Os 'criadores' do Harlem Shake

Grupo de skatistas que começou com a mania que faz sucesso no YouTube fez vídeo em um dia de tédio e chuva

Por Vinicius Felix
Atualização:

Grupo de skatistas que começou com a mania que faz sucesso no YouTube fez vídeo em um dia de tédio e chuva 

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SÃO PAULO – Descobrir a origem de um meme nem sempre é fácil. No caso do Harlem, o primeiro vídeo é atribuído ao vlogger Filth Frank. Mas para Kevin Allocca, gerente de tendências do YouTube, os criadores da febre são os garotos do canal The Sunny Coast Skate. Foram eles que criaram o formato que dominou o site de vídeos com milhares de paródias – o uso de uma capacete, o corte rápido para o momento de bagunça, etc.

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Em entrevista por e-mail, os garotos australianos com idade entre 15 e 16 anos respondem de um jeito preguiçoso, mas usam o argumento do YouTube, inclusive com o link do post. “Nós começamos essa mania”. A razão? “Estávamos entediados e estava chovendo. Foi uma ideia em equipe.”

Antes do Harlem Shake, o The Sunny Coast Skate, formado por Jimmy Dale, Oscar Mitchell, Matt Stanyon, Corey Walsh e George Warrener, produzia vídeos de skate com uma audiência razoável, alguns não passando de mil visualizações.

Ironicamente, a fama veio com um vídeo sem skate. Em três semanas, eles passaram de cerca de 3.500 inscritos para mais de 17 mil.

Os vídeos de skate continuam sendo produzidos. “Nós amamos longboard, que é o nosso foco, vamos continuar a criar mais videos de longboard.  Mas estamos abertos a ofertas. Estamos esperando alguém queirá nos patrocinar.Todos nóstemos 16 anos e queremos algum dinheiro extra para comprar nossos primeiros carros”.

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Mas isso é um sonho distante. Para um jornal australiano, os garotos afirmam ter ganhado até o momento cerca de US$ 3 com o YouTube.

E o fenômeno continua.No dia 15 de fevereiro, o YouTube atualizou os números sobre o Harlem Shake. Agora são 40 mil vídeos, somando 175 milhões de visualizações. O vídeo mais popular do Harlem Shake nem é o dos australianos, mas do UGA Men’s Swim, com quase 20 milhões de visualizações.

No Brasil, o fenômeno ainda é tímido. Na avaliação do Google Trends, que numera de 0 a 100 o pico do volume de pesquisas, os norte-americanos têm 93, enquanto os brasileiros ficam com apenas 15.

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