Autoridades paquistanesas colocaram sob vigilância sete importantes sites, incluindo o Google e o YouTube, por conter material considerado ofensivo para muçulmanos, disseram autoridades. O Ministério de Informação e Tecnologia também está bloqueando ao menos 17 links no YouTube e outras páginas por exibir “material blasfemo”.
“YouTube, Yahoo, Amazon, Bing, MSN, Hotmail e Google serão monitorados com relação a conteúdo anti-islâmico”, disse o porta-voz da autoridade de telecomunicações do Paquistão, Khurram Mehran. As empresas proprietárias das páginas afetadas são Google, Microsoft, Yahoo e Amazon.com.
Outro funcionário deixou claro que o governo não tem intenção de bloquear estas páginas, já que são importantes fontes de materiais educativos.
A decisão de monitorar os sites foi tomada três dias depois que um tribunal de Bahawalpur ordenou ao governo bloquear o YouTube e outros oito sites em resposta a uma petição que argumentava que estariam mostrando material “contra os princípios fundamentais do Islã”.
A próxima audiência do caso está programada para segunda-feira. É a segunda vez em um mês que o Paquistão impõe restrições à internet.
No mês passado, autoridades paquistanesas, em resposta a uma decisão judicial, bloquearam a rede social Facebook, o YouTube e outras páginas por quase duas semanas em meio à polêmica de que incentivavam usuários a postar imagens do profeta Maomé.
Qualquer representação do profeta Maomé é considerada anti-Islã e é uma blasfêmia para os muçulmanos, que são maioria no Paquistão.
O tema é polêmico no país. Em 2006, cinco pessoas morreram em protestos após a publicação de caricaturas consideradas blasfemas pelos muçulmanos em jornais dinamarqueses um ano antes.
(REUTERS)