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Para Intel; futuro inclui tablets e híbridos

Maior fabricante de chips do mundo fala de parceria com Windows 8 e rejeita ideia de 'mundo pós-PC'

Por Camilo Rocha
Atualização:

Maior fabricante de chips do mundo fala de parceria com Windows 8 e rejeita ideia de ‘mundo pós-PC’

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SÃO FRANCISCO – Algumas dezenas de jornalistas de todo o mundo estão em São Francisco para oevento Research Day at Intel, dois dias de palestras e demonstrações nas diversas áreas em que a empresa atua. Os assuntos do primeiro dia, na segunda-feira, 25, incluíam novas soluções para notebook, tablets, educação e cadeia produtiva. Muita conversa sobre o que a empresa faz hoje, mas também muito sobre o futuro.

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A primeira palestra do dia foi a mais focada no que vem por aí. A computação pessoal é talvez o mais importante campo de batalha comercial da empresa hoje. Contra a previsão de que todos seremos usuários de tablets em breve, a empresa tem apostado forte nos ultrabooks. Para a Intel, esses notebooks mais leves e finos são uma alternativa mais robusta e melhor adequada a certas funções do que os tablets.

O diretor de marketing da Concept Design, Gary Richman, que fez parte da equipe que concebeu os ultrabooks, ressalta a crença da empresa de que não existe o tal “mundo pós-PC”, mas sim um mundo onde os PCs estão adaptados às novas necessidades do consumidor: mobilidade, movimentação de conteúdo.

Além dos ultrabooks, o executivo apresentou exemplos de computadores híbridos, que a empresa chama de “conversíveis”. O primeiro já está no mercado: o tablet Iconia, da Acer, com suas duas telas — uma delas serve de teclado. Foi lançado no fim de 2010.

Os outros dois aparelhos mostrados são protótipos. O notebook “Cove Point” traz uma tela que se movimenta separadamente do teclado, apoiada apenas por um suporte, o que lhe permite uma série de posições diferentes. Já o notebook “Nikiski” tem uma “janela” transparente na parte do teclado onde se apoia as mãos. Quando se fecha o laptop, essa “janela” vira uma telinha de toque para acessar algumas funções como e-mails, calendário, agenda, etc. A ideia é facilitar o uso em situações onde não há se pode abrir o laptop.

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Tablets.Mas isso não quer dizer que a empresa não queira saber de tablets. A última apresentação do dia mostrou como a Intel está se posicionando nessa área. Chris Walker, diretor de marketing de produtos microprocessadores, decepcionou os presentes dizendo de cara que não falaria sobre o que acaba de se tornar o tablet com Intel mais famoso da praça: o Microsoft Surface.

Ainda assim, o foco de sua apresentação foi em tablets com Windows 8 e o chip Clover Trail Atom, com nenhuma palavra dedicada aos tablets com Android e chip Intel Medfield anunciados no fim do ano passado. Quando perguntei sobre estes, Walker se limitou a dizer que “na Índia, havia um lançamento, e que novidades seriam anunciadas ainda esse ano”.

O executivo disse que já existem mais de vinte projetos de tablets com Windows 8 e chip Intel, mas não citou nomes de fabricantes. Disse que o chip aceita 3G e LTE e é ideal para todas as funções do novo sistema operacional da Microsoft. É também compatível com cerca de 4 milhões de aplicativos já lançados.

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Educação. A interface entre a empresa e o setor educacional foi apresentada por Brian Gonzalez, diretor de programas educacionas globais da Intel. Parcerias da empresa com autoridades de diversos países foram mencionados, incluindo um programa feito com o Estado.

Mas o Brasil foi mencionado de passagem. Os focos da apresentação foram os casos de Portugal, Argentina e Cingapura, onde, segundo o executivo, a integração da tecnologia no processo de aprendizagem é total e inovadora. “Não se trata de jogar tablets nas mãos das crianças e sim fazer com que estas os usem de maneira interessada e apaixonada para aprender. Só porque você tem um aparelho bacana não significa que ele tem um valor educativo.”

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*O repórter viajou a convite da Intel

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