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Pedidos de informações sobre usuários ao Twitter crescem 46%

Pedidos de maneira geral cresceram 38%; remoção de conteúdo que infringe direitos autorais lidera

Por Murilo Roncolato
Atualização:

SÃO PAULO – O Twitter publicou nesta quinta-feira, 31, o relatório de transparência semestral com dados sobre pedidos de remoção de conteúdo ou de requisição de dados por decisões judiciais ou de agências do governo. A empresa disse que pedidos de governo por dados de usuários cresceram nos últimos seis meses.

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Os Estados Unidos continuam a ser responsáveis por metade das requisições – desde 2012 –, mas desta vez mais países passaram a acionar a rede social em busca de informações privadas de usuários. O aumento de pedidos foi de 38% (de 8.467 para 11.689 pedidos entre o último trimestre de 2013 e o primeiro de 2014), sendo a maioria por direitos autorais.

O Twitter destrinchou os dados por pedidos de informações de conta, remoção de conteúdo e derrubada de conteúdo por infração de direitos autorais.

Foram 2.058 requisições de acesso a informações de contas de usuários (46% a mais do que o último semestre de 2013, quando foi publicado o último relatório de transparência da empresa). Os pedidos vieram de 54 países, sendo oito “estreantes”. No período em 2013, o Brasil fez 20 pedidos (1,4% em relação ao total); nestes últimos seis meses, foram 77 pedidos (3,7%). O líder do ranking foram os Estados Unidos com 1.267 pedidos.

Pedidos de remoção de conteúdo somaram 432 (alta de 14%), vindos de 31 países (três o faziam pela primeira vez). No período em 2013, o Brasil fez 8 pedidos (1,8% em relação ao total); nestes últimos seis meses, foram 12 pedidos (3,1%). A Turquia liderou este ranking com 186 pedidos.

A maior parte dos pedidos (79% do total), no entanto, foi de derrubada de conteúdo por infração de direitos autorais no Twitter e no Vine (aplicativo de vídeos de curta duração adquirido pelo Twitter): 9.199 requisições, uma alta de 38% em relação ao semestre anterior. Este ranking segue a regulamentação prevista pela lei americana de direitos autorais chamada Digital Millennium Copyright Act (DMCA).

A colocação dos EUA não leva em conta pedidos feitos pela agência de segurança nacional do país (NSA), já que o Twitter, bem como outras empresas de internet, são proibidas de publicar o número de pedidos feitos por ela.

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No país, para que os pedidos sejam concedidos – usualmente para atender investigações criminais – são necessários ordens judiciais (para obter endereço de e-mail, por exemplo) ou até mandados de busca (para mensagens diretas, conhecidas como DM).

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