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Pela primeira vez, streaming lidera receitas da música nos EUA

Mercado teve maior faturamento desde 1998, com US$ 7,7 bilhões; em cinco anos, streaming cresceu de 9% das receitas para 51%

Por Agências
Atualização:
Spotify compra startup sueca Soundtrap. Foto: REUTERS/Dado Ruvic

Pela primeira vez na história da indústria musical americana, o streaming representa a maioria das receitas, impulsionando o crescimento dessa indústria no seu nível mais alto dos últimos 20 anos, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 30, pela Associação da Indústria de Gravação dos EUA (RIAA, na sigla em inglês).

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O faturamento total da indústria musical do país cresceu 11,4% em 2016, chegando a uma receita anual de US$ 7,7 bilhões, a mais alta desde 1998, divulgou a entidade. 

Por outro lado, o streaming representou a metade do volume de negócios registrado no final da década de 1990 antes da revolução da música on-ine.

Mais da metade das receitas da indústria da música em 2016 (51%) vêm do streaming e das assinaturas de serviços digitais como Spotify, Apple Music e Tidal, em comparação aos 9% em 2011.

A relevância do streaming nos Estados Unidos, o maior mercado de música no mundo, confirma a tendência global dos últimos anos.

Outra organização, da Federação Internacional da Indústria Fonográfica, com sede em Londres, também registrou um crescimento histórico do streaming em 2015. Os dados de 2016 serão conhecidos nas próximas semanas.

O streaming, que permite aos usuários escutar online as músicas de sua escolha, gerou perdas em outros formatos, historicamente os maiores geradores de receitas para os artistas.

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As receitas procedentes da compra de música digital em plataformas como o iTunes caíram 22% em 2016. As vendas de CD recuaram 21%.

Uma exceção que se manteve em alta são os discos de vinil, que têm tido um renascimento graças ao interesse dos colecionadores. Ainda assim, as receitas do vinil subiram modestamente, cerca de 4% em 2016.

As principais gravadoras acolheram a chegada do streaming como uma nova forma de estimular a indústria da música, depois de anos de luta contra os downloads ilegais no final dos anos 1990.

Alguns artistas se queixam por não se beneficiarem do avanço do streaming, afirmando que as receitas para eles são limitadas.

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