A pré-venda para o Galaxy S8, novo smartphone premium da Samsung, superou a demanda por seu antecessor, o Galaxy S7.
As informações foram divulgadas pela própria empresa nesta quinta-feira, 13, dando indícios de que muitos consumidores já deixaram para trás na memória os incêndios e explosões do Galaxy Note 7, aparelho lançado pela empresa no segundo semestre de 2016.
Se a demanda de fato se confirmar, o S8 pode mostrar uma das maiores recuperações de marca da história da indústria de tecnologia.
No entanto, essa marca só será conhecida em 21 de abril, quando o aparelho começar a ser vendido na Coreia do Sul, Estados Unidos e Canadá.
"É cedo, mas a pré-venda que já começou em alguns países foi melhor que o esperado", disse Koh Dong-jin, chefe de dispositivos móveis da Samsung.
A expectativa, porém, é boa: alguns investidores e analistas estão prevendo um recorde de vendas para a empresa, impulsionado não só pelo Galaxy S8, bem como um avanço no mercado de chips, outro setor importante da empresa.
Recuperação de marca. A Samsung tem trabalhado forte para recuperar a confiança dos consumidores desde outubro, quando retirou o Note 7 do mercado após casos de explosão, incêndios e dois recalls mal-sucedidos. Segundo a própria empresa, os problemas com o celular fizeram-na perder US$ 5,4 bilhões em lucro, ao longo de três trimestres.
Em três ocasiões neste ano – nas feiras de tecnologia CES e Mobile World Congress, além de um evento próprio para explicar os problemas nas baterias –, a Samsung pediu desculpas aos consumidores.
"A Toyota levou quatro anos para colocar sua marca de volta onde estava, e acredito que podemos ir mais rápido que isso", disse Lee Young-hee, executivo da Samsung, em referência a uma série de recalls feitos pela montadora japonesa entre 2009 e 2011.