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Presença digital depende cada vez mais de vídeo

Apesar da qualidade de conexão, vídeo é apontado como tendência por adensar informação e ser de mais fácil compreensão

Por Ligia Aguilhar
Atualização:
 

SÃO PAULO – No Brasil, o consumo de vídeo em dispositivos móveis ainda esbarra em problemas de qualidade e acesso às redes 3G e 4G. Essa limitação, porém, é vista como indicador de oportunidade. “As conexões no Brasil estão melhorando e mesmo nos EUA, onde a banda larga é mais avançada, o principal horário de consumo de vídeo é à noite, quando as pessoas se conectam ao Wi-Fi de casa”, diz Daniel Uchôa, da Overmedia Cast.

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A empresa fechou recentemente um contrato com a Vivo para a criação e disseminação de vídeos móveis interativos. O primeiro promove uma campanha para que clientes abandonem a conta em papel. A economia proporcionada pelo fim do uso de impressão e postagem é revertida para entidades apoiadas pela Fundação Telefônica Vivo.

O diretor de negócios online da Vivo, Fernando Moulin, diz que vídeos se tornaram importantes estrategicamente no mundo corporativo. “Não dá para ter presença digital sem trabalhar forte a presença em vídeo. Para nós é cada vez mais uma estratégia de diferenciação”, diz Moulin.

Uma pesquisa do Instituto Forrester Research assinada pelo pesquisador James McQuivey indica que o sucesso dos vídeos está relacionado a uma maior facilidade de compreensão de conteúdo que eles oferecem. De acordo com o estudo, um minuto de vídeo equivale à leitura de 1,8 milhão de palavras. “Em um único frame, o vídeo pode entregar a mesma quantidade de informação que três páginas de texto”, aponta o pesquisador.

“Temos uma nova geração que já nasceu conectada. O nosso cérebro está mudando e precisamos nos adaptar”, diz Uchôa, da Overmedia Cast.

Engajamento. Na plataforma de vídeos Vevo, o acesso a vídeos cresceu 50% no Brasil entre 2012 e 2013. A interação e engajamento dos usuários com os vídeos aumentou 80%, enquanto o acesso por dispositivos móveis triplicou, crescendo 142% no mesmo período. “O engajamento dessa nova geração com vídeo é impressionante. Hoje medimos o sucesso de um vídeo pelo número de paródias e novas versões que surgem na rede”, diz a diretora geral de operações da Vevo, Fátima Pissara.

Seis em cada dez usuários da Vevo tem até 24 anos. Além desse público, um outro grupo formado por mães que acessam conteúdo infantil pelas plataformas móveis também tem impacto no crescimento do acesso a vídeos da plataforma. “É um segmento ainda muito pouco explorado por marcas. Acredito em uma revolução nos próximos três anos”, diz Pissara.

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O consultor de engenharia da Cisco, Hugo Marques, acredita que o conteúdo do celular vai substituir a TV. “Nós projetamos um futuro em que as pessoas não terão mais aparelhos de TV, mas uma parede inteira na casa que servirá como TV para transmitir imagens em altíssima resolução a partir do tablet ou celular”, diz.

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