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Regulando a privacidade

Comissão de telecomunicações dos EUA vão reforçar vigilância após problemas com iPad e Google

Por Agências
Atualização:

A agência norte-americana de telecomunicações, Federal Communications Commission (FCC), vai reforçar vigilância sobre privacidade online após recentes violações de segurança que envolveram o iPad da Apple e a coleta de dados privados pelos carros do serviço Street View, do Google.

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O anúncio da FCC foi feito um dia depois que o FBI divulgou que vai abrir investigação sobre uma violação de segurança no iPad que expôs informações pessoais de clientes da AT&T, entre os quais diversos funcionários importantes do governo norte-americano.

A falha, publicada inicialmente pelo site Gawker, ocorreu quando um grupo que se intitula Goatse Security invadiu o banco de dados de usuários do iPad, na AT&T, e obteve uma lista de endereços de emails que inclui celebridades, presidentes de empresas e políticos.

Em mensagem no blog da agência, Joel Gurin, diretor da divisão de assuntos governamentais e proteção ao consumidor da FCC, afirmou que o incidente parece ser uma violação clássica de segurança, como já aconteceu com muitas companhias.

“Nosso serviço de segurança pública e segurança interna está tratando a segurança na computação como alta prioridade, agora”, disse Gurin.

A agência de regulamentação das telecomunicações vai tentar garantir a segurança das redes de banda larga dos EUA, disse ele. “Temos o compromisso de trabalhar com todos os interessados a fim de impedir que problemas como esses voltem a ocorrer.”

A AT&T, que detém direitos exclusivos sobre o iPad e o iPhone nos EUA, reconheceu a violação de segurança, mas afirmou ter corrigido a falha e que apenas endereços de email foram expostos aos hackers que identificaram a brecha.

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A violação nos dados de usuários do iPad é apenas o mais recente incidente que afeta a privacidade dos usuários de uma empresa conhecida.

Em maio, o Google anunciou que sua frota de carros responsáveis por fotografar ruas em todo o mundo nos últimos anos havia acidentalmente recolhido informações pessoais transmitidas por usuários de redes sem fio.

“O comportamento do Google também levanta importantes preocupações”, disse Gurin. “Seja intencional ou não, a coleta de informações por redes WiFi claramente infringe a privacidade dos consumidores.”

Ele afirmou que o incidente com o Google é um lembrete de que redes WiFi abertas, que não são cifradas, são vulneráveis a espionagem. Gurin também fez um alerta para que os usuários leiam as instruções de segurança divulgadas pela FCC.

(REUTERS)

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