Saiba como impedir que o Facebook rastreie sua atividade online

A rede social monitora sua atividade online por meio de cookies visando selecionar quais anúncios exibir na sua timeline; saiba como se proteger

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Por Murilo Roncolato
Atualização:

SÃO PAULO – O Facebook anunciou na semana passada que começaria a “seguir” o comportamento online dos seus usuários a fim de “tornar os anúncios melhores” e “dar mais controle às pessoas sobre os anúncios que veem”. Se você é um desses usuários que se sente desconfortável com rastreamento online, saiba que há formas de proteger.

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No mesmo anúncio, o Facebook disse que é possível se desvencilhar dos anúncios direcionados apenas impedindo que o Facebook o rastreie. Para isso, bastaria entrar no Digital Advertising Alliance para saber quem das empresas te segue e bloqueá-los (quando vir um anúncio na sua timeline, é possível apontar seu desinteresse por aquele tipo de conteúdo também).

O serviço é interessante, mas deve ser repetido em todos os browsers e sua eficiência não está garantida (trata-se de um produto em beta). Há outras formas mais definitivas e mais simples de se chegar ao mesmo fim. Confira algumas delas.

Extensões de navegador O Adblock Plus (extensão para Firefox, IE, Chrome, Safari, Opera e Android que bloqueia publicidade) publicou em seu blog oficial a funcionalidade e o modo de impedir que redes sociais de maneira geral rastreiem seu comportamento online. Para isso, ela elimina botões de rede social, como o “Curtir” do Facebook, de todas as páginas de web. Interessados, basta seguir o passo a passo.

Disconnect me: a extensão simples bloqueia e exibe a quantidade de requisições de análise de leitura, publicidade e de redes sociais.

Há também a extensão DoNotTrackMe (Chrome, Firefox, Safari, IE e Opera) que bloqueia a coleta de informações por cookies em navegadores. A empresa responsável desenvolveu aplicativos mobile e ferramentas ainda de mascarar e-mails e de deletar algumas das suas informações da web.

Avisar as páginas  A iniciativa Do Not Track Us pleiteou o compromisso de sites e navegadores a não rastrear seus usuários. Com o tempo, opções de desautorização (opt-out) de rastreamento de atividades começaram a surgir espontaneamento pelos próprios navegadores. Na página do DoNoTrackUs, há explicações de como ajustar seu browser, como Firefox, Chrome, IE, Safari e Opera, para enviar – toda vez que entrar em algum site e receber solicitação de rastreamento – um aviso de que você não gostaria de ser rastreado. Há também uma lista de todos os sites que não se comprometeram com a iniciativa Do Not Track.

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Usemos o Chrome como exemplo: basta abrir o menu do navegador (os três riscos horizontais no lado direito superior da tela), abrir Configurações, Mostrar Configurações Avançadas, e no item de Privacidade selecionar a opção “Enviar uma solicitação ‘Não rastrear’ com seu tráfego de navegação”. A ideia é que com isso, Para saber mais, veja o site da EFF (em inglês)

Limpando cookies Há formas de bloquear que sites instalem cookies em seu computador ou aparelho móvel. Para isso, basta fazer alguns ajustes no seu navegador. Usaremos o Chrome como exemplo, mas o caminho das pedras será semelhante em outros browsers. Abra o menu do navegador (os três riscos horizontais no lado direito superior da tela), vá em Configurações, Mostrar Configurações Avançadas, e no item de Privacidade clicar no quadro “Configurações de conteúdo…”.

Ali, selecionar “Bloquear cookies de terceiros e dados do site”. Em “Gerenciar exceções” é possível determinar o comportamento do navegador em relação a cookies de sites em específico (optando por “Limpar ao sair”, “Bloquear” ou “Permitir”). No menu anterior, clicando no quadro “Todos os cookies e dados de sites…” é possível ver quais sites (espere buscar por “Facebook”), quantos e quais tipos de cookies foram instalados em seu dispositivo. Para eliminá-los, basta clicar em “Remover tudo”.

 

Use serviços privados Se o objetivo final é preservar a sua privacidade, como defende Edward Snowden, o ex-funcionário da CIA responsável pelo vazamento de uma série de documentos da agência de segurança dos EUA (NSA), o ideal é usar criptografia – embora o autor do utilitário de criptografia para e-mail PGP diga que o buraco é mais embaixo.

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Para quem busca navegação anônima, o mais próximo do ideal atualmente é o Tor (saiba mais) – que apesar de explorar suas vulnerabilidades, os próprios agentes da NSA assumiram ser difícil fazê-lo.

Saídas mais simples, que não resolvem a questão da navegação, mas ao menos diminui boa parte da coleta de informações sobre seus interesses (partindo do pressuposto de que boa parte da nossa navegação na web começa em um buscador) é usar mecanismos de busca privados. Há alguns bons exemplos, como o StartPage e o DuckDuckGo, que recentemente anunciou melhorias que o deixaram com visual amigável e cheios de recursos, bem próximos aos que o Google oferece.

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