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Seis cidades terão protestos anti-Apple

Manifestantes exigem melhores condições para os trabalhadores da Foxconn, empresa que produz iPhone e iPads

Por Redação Link
Atualização:

Manifestantes exigem melhores condições para os trabalhadores da Foxconn, empresa que produz iPhone e iPads

 

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SÃO PAULO – Um protesto contra a Apple está marcado para esta sexta-feira, 10, em seis cidades do mundo: Washington, Nova York, São Francisco, Londres, Sydney e Bangalore. Os manifestantes se organizaram para protestar contra as condições de trabalho nas fábricas da Foxconn, onde são produzidos os iPhones e iPads, além de produtos de outros fabricantes.

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Durante os atos, serão entregues abaixo-assinados com mais de 250 mil nomes pedindo estratégias de proteção para os trabalhadores desses locais. As assinaturas foram coletadas em dois sites, Change.orgSumOfUs.com.

Os manifestantes chamam a atenção para o fato de que boa parte do grupo é proprietária de um produto da Apple. Entre os 55 mil signatários da SumOfUs, 35 mil são donos de alguma coisa da Apple (sendo que 20 mil têm iPhones).

“Amo meu iPhone”, disse ao site Business Insider o diretor-executivo da SumOfUs, Taren Stinebrickner-Kauffman, “mas não amo ter que apoiar fábricas insalubres. O mercado descolado e de bom nível educacional que a Apple aspira conquistar é constituído em grande parte de consumidores responsáveis que não querem compactuar com esse tipo de condições de trabalho”.

O protesto ganhou fôlego com uma reportagem recente no programa de TV americano This American Life, que mostrou que iPhones eram fabricados em parte por adolescentes que trabalhavam 16 horas por dia e ganhavam 70 centavos de dólar por hora.

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O CEO da Apple, Tim Cook, reagiu ao movimento, declarando que “nos importamos com cada trabalhador da nossa cadeia mundial de fornecimento”. Ele disse também que a ONG Fair Labor Associations (em prol de melhores condições de trabalho) está monitorando seus fornecedores.

Os manifestantes acham bom, mas acham pouco. Eles exigem acesso aos relatórios da Fair Labor e também querem que a Apple prepare uma estratégia para proteger trabalhadores em épocas de novos produtos. É durante esses períodos que aumenta a incidência de suicídios e ferimentos, consequência das cotas que tem que ser batidas para que se chegue na data de lançamento sem atrasos.

Os protestos foram marcados para as 10 da manhã no horário local de cada cidade.

Hackers atacam Foxconn. Hackers de um grupo denominado SwaggSec invadiu os servidores da Foxcoon. A ação expôs nomes de usuários e senhas de email dos empregados da empresa, além do acesso à intranet.

“Encorajamos a todos que explorem nosso vazamento. A Foxconn de fato possuía um firewall adequado. Mas conseguimos ultrapassá-lo facilmente. Utilizando diversas técnicas de hacking e com alguns dias para explorar, atingimos nosso objetivo”, explicou o grupo em um comunicado.

A invasão foi conseguida através de uma brecha no Internet Explorer usado por um dos funcionários da empresa. Um exploit foi instalado na rede da Foxconn.

A empresa garante que já resolveu o problema, desativando os servidores que foram invadidos.

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