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Sites do BC; Citibank e BMG são atacados

Hackers chamaram o ataque ao Banco Central de "teste" e, em seguida, derrubaram as páginas dos bancos Panamericano, Citibank e BMG

Por Redação Link
Atualização:

Hackers chamaram o ataque ao Banco Central de “teste” e, em seguida, derrubaram as páginas dos bancos Panamericano, Citibank e BMG

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Por Nayara Fraga (Radar Tecnológico)

SÃO PAULO – O site do Banco Central ficou fora do ar na manhã desta sexta-feira, 3. “Escolhemos um alvo de testes antes, só para calibrar nossas armas: http://www.bcb.gov.br”, disse o perfil do grupo hacker Anonymous Brasil (@AnonBRNews) no Twitter por volta das 10h. “Apenas um teste rápido.”

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Depois, foi a vez do Citibank e do Panamericano serem retirados do ar. A reportagem tentou acessar os sites dos bancos às 11h44 e não conseguiu. O grupo hacker Anonymous Brasil assume a autoria:

Às 12h17, o grupo informou ter atacado também o site do banco BMG. A reportagem confirmou que a esse horário a página realmente estava fora do ar. “Sim, hoje todos irão bailar um pouquinho! O http://www.bancobmg.com.br acabou de entrar na dança! TANGO…”, diz p @AnonBRNews no Twitter.

A ação dá sequência a uma série de ataques a sites de bancos ocorridos nesta semana. De segunda-feira até hoje, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e HSBC tiveram os sites retirados do ar. O movimento é chamado pelos hackers de #OpWeeksPayment, algo como “operação da semana de pagamento”, por esta ser a semana em que os salários são pagos.

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A assessoria do Banco Central afirma que a equipe técnica ainda está avaliando o que ocorreu. O próximo alvo do grupo pode ser o Santander ou a Caixa.

Em entrevista ao Estado (parte gravada em áudio e outra por e-mail), um hacker que assina como Bile Day diz que o objetivo dos ataques a afetar a popolução, “que é muito acomodada”. Os ataques da semana anterior — a sites vinculados a governos — não sutiram muito efeito, segundo o hacker. “Irão nos conhecer pelo amor ou pela dor”, diz no áudio.

Falando em nome do Anti-Security Brazilian Team (@AntiSecBrTeam), o hacker diz que quem espalha a ideia do movimento Anonymous no País são, além dele, os grupos @iPiratesGroup, @LulzSecBrazil e @AnonBRNews. “Nós nos posicionamos contra corrupção, desigualdade e etc…”, disse por e-mail.

O grupo hacker Anonymous nasceu no âmbito internacional e ocupa o noticiário com frequência desde 2011, quando invadiu a PlayStation Network, do console da Sony, e atacou sites de governos e grandes instituições, como a Central de Inteligência Americana (CIA). Nos últimos dias, o grupo atacou sites em protesto aos projetos de lei antipirataria americanos e ao fechamento do site de compartilhamento Megaupload.

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Como é feito o ataque. Em geral, usa-se o método da distribuição de ataque por negação do serviço (DDoS, na sigla em inglês) para tirar o site do ar. Assim, bombardeia-se uma página com milhões de acesso simultâneos até que ele fique lento e inacessível. Isso pode ser feito por meio de inúmeros computadores infectados, que poderiam ser programados para acessar um site ao mesmo tempo, ou pela invasão em grandes servidores.

Nesse tipo de ataque, a intenção não é roubar dados ou dinheiro de usuários ou correntistas de bancos. “Não somos crackers (hackers que cometem crimes), não usamos nosso conhecimento para roubar dinheiro. Em nossos ataques deixamos apenas o site inacessível”, disse Bile Day ao Estado.

—-Leia mais:‘Irão nos conhecer pelo amor ou pela dor’Site do HSBC é atacado por hackersSite do Banco do Brasil fica fora do arEmpresas ocultam ataques de hackers

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