Smartphone da Amazon não consegue impressionar

Apesar de recursos inovadores, devido à sua faixa de preço smartphone não deve ser competitivo com iPhone e Galaxy S

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Por Redação Link
Atualização:

SÃO PAULO – A Amazon revelou em junho seu smartphone chamado Fire Phone. O aparelho tem total integração com a loja virtual da empresa e ferramentas para facilitar a compra de produtos, mostrando que a companhia está empenhada em cumprir o que o executivo da divisão da Amazon para celulares, Sam Hall, afirmou ter como meta em uma entrevista há alguns anos: “remover a barreira entre ‘querer’ e ‘ter’”.

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Apesar dos diversos recursos do aparelho – como efeitos em 3D, scanners de objetos, além a “Perspectiva Dinâmica”, quatro câmeras que rastreiam o rosto de um usuário e simulam um efeito 3D na tela – que podem não ser o bastante para atrair usuários dos iPhones, da Apple, e do Galaxy S5, da Samsung, que têm preços similares, disseram analistas (mais detalhes aqui).

Além deles, há ainda o Firefly, ferramenta de reconhecimento de imagem capaz de “descobrir” mais de 100 milhões de itens. O usuário poderá escanear produtos e QR codes pelo celular e o sistema automaticamente vai localizar o item na loja da Amazon para que o consumidor possa fazer a compra na hora pela internet.

Estes recursos, no entanto, não conseguiram impressionar quem analisou o celular, que será vendido nos Estados Unidos a partir de sexta-feira, 25.

Wall Street Journal: Geoffrey Fowler, do WSJ, disse que o Fire não consegue entregar recursos importantes que usuários querem em um smartphone – longa vida de bateria e a disponibilidade de aplicativos populares, como o YouTube e o Google Maps, do Google.

The Verge: “O sucesso e o potencial do Fire Phone dependem do Firefly e do Perspectiva Dinâmica – tecnologias legais e que dependem de que desenvolvedores descubram maneiras melhores de usá-las”, disse David Pierce, do The Verge. “Por enquanto, (as tecnologias) só resolvem um problema que ninguém tem”.

Cnet: “Apesar de custar o mesmo (ou mais) que modelos similares Android e iPhone, o Fire Phone oferece uma loja de aplicativos menos diversificada”, diz Jessica Dolcourt, do Cnet. “Além de uma experiência de serviço e uma perfomance lenta. E a vida útil da bateria desaponta.”

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Engadget: Brad Molen opina que o Fire deixa de oferecer recursos realmente novas e úteis, e ainda seu alto preço e a exclusividade com a AT&T garantem a sua “irrelevância”. “A empresa deve seu sucesso a milhões de consumidores fieis e traça-livros que usam a Amazon pela sua conveniência e preços agressivos, então por que vender um smartphone que não é particularmente conveniente por um preço particularmente alto?” Ele pondera que o Fire não é “de forma alguma”, um “celular horrível”, mas não é nada marcante, e deve ser logo esquecido. “Você deve querer esperar por um Fire Phone 2, talvez, mas por ora, é melhor você seguir com os aparelhos que já conhece.”

Ars Technica: “A Perspectiva Dinâmica é mais útil como um grande e óbvio diferenciador que é fácil de demonstrar na loja. Isso agrega algum valor para o mercado de smartphone de massa. O Firefly é o recurso que você iria querer em qualquer celular. Esperemos que desenvolvedores o usem e fique só relacionado às vitrines da Amazon”, disse Andrew Cunningham, do Ars Technica.

Mashable: “O objetivo da Amazon é claro aqui: fabricar um celular que as pessoas queirar entrar nele. Tudo no Fire Phone é desenhado para chamar o seu olhar, prender sua atenção e te recompensar fazendo… nada, mesmo”, opinou Pete Pachal, do Mashable.

New York Times: “O Fire Phone é estranhamente amigável e fácil de mexer. Sendo um smartphone básico, deve se provar especialmente atraente para pessoas cansadas desses supercelulares que fazem de tudo hoje em dia”, diz Farhad Manjoo. “Quando você esquece o marketing floreado, o Fire Phone passa a ser visto como algo muito mais interessante: um telefone para o resto de nós.”

/Com Reuters

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