Sony prevê ano ruim para a empresa

Fabricante de eletrônicos tem prejuízo de US$ 3,2 bilhões no último ano fiscal, encerrado em março

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Por Agências
Atualização:
 

A Sony apresentou projeção de lucro inferior à esperada para este ano, porque a gigante da eletrônica e entretenimento está enfrentando os efeitos colaterais do desastroso terremoto de março e de uma série de violações da segurança de suas redes.

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Perturbações em sua cadeia de suprimentos e os danos físicos causados pelo terremoto e tsunami que atingiram o Japão em março prejudicam as perspectivas da Sony em seu mercado de origem.

O desastre forçou a companhia japonesa a anunciar segunda-feira uma provisão sobre créditos tributários que resultou em prejuízo líquido de US$ 3,2 bilhões em seu ano fiscal encerrado em março, sua maior perda desde 1995 e a segunda pior de sua história.

Os mais recentes problemas da empresa surgiram no momento em que ela luta para reconquistar o mercado perdido para a Apple nos aparelhos portáteis para música e para a Samsung Electronics, nos televisores de tela plana.

A Sony previu nesta quinta-feira lucro líquido de 80 bilhões de ienes (US$ 975 milhões) no ano fiscal iniciado em abril, ante estimativa média de 105 bilhões de ienes entre os analistas consultados pela Thomson Reuters StarMine SmartEstimates, que confere maior peso a projeções recentes de analistas de primeira linha.

A companhia antecipa lucro operacional de 200 bilhões de ienes neste ano fiscal, o que reitera as informações divulgadas no começo da semana, que ajudaram suas ações a subir.

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Mas há quem considere que essas projeções possam ser ambiciosas demais.

“Com base nas projeções deles, parece que a Sony espera recuperação na segunda metade do ano, o que representa uma projeção otimista, mas existe muita incerteza e há o risco de que os resultados fiquem aquém da expectativa”, disse Koji Takeuchi, economista sênior do Mizuho Research Institute. “Ainda não está claro qual será o custo financeiro das violações de segurança”, acrescentou.

A empresa informou que a produção seria parcialmente retomada em algumas de suas fábricas mais danificadas pelo terremoto, no norte do Japão, ao longo dos próximos dois meses, mas que o desastre continuaria a afetar as divisões de TV e câmeras e reduziria o lucro operacional em 150 bilhões de ienes ao longo do ano.

/ REUTERS

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