Sony se recusa a depor no Congresso

O presidente da Sony, Howard Stringer. FOTO: Danish Siddiqui/Reuters

PUBLICIDADE

Por Agências
Atualização:

Uma nova invasão no serviço online da Sony expôs os dados bancários de dezenas de milhares de usuários e sobe para mais de cem milhões de usuários cujas informações pessoais podem ter sido roubadas, um duro golpe para o criador do Playstation.

PUBLICIDADE

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter e no Facebook

A multinacional japonesa se viu obrigada a suspender os serviços da Sony Online Entertaiment (SOE) ao detectar que em um ataque foi possível subtrair informações pessoas de 24,6 milhões de contas e de dados bancários de 23,4 mil usuários.

O anúncio se soma ao feito na semana passada, quando a Sony reconheceu que os dados pessoais de 77 milhões de usuários das plataformas PlayStation Network (PSN) e Qriocity poderiam ter sido roubados por hackers, mas disse não ter registrado nenhum roubo de dados bancários nem de cartões de crédito.

Agora se sabe que os ataques às três plataformas online começaram com a infiltração na SOE, popular entre os fãs de RPG, no dia 16 de abril e continuo com a invasão nas bases de dados do PSN e Qriocity até o dia 19 deste mês.

Ambas plataformas foram desligadas um dia depois, enquanto os problemas na SOE ainda não haviam sido detectados, durante as investigações para determinar a origem do ataque.

Segundo o porta-voz da Sony, Patrick Seybold, pelo blog oficial da empresa, é muito difícil, quase impossível, conseguir a senha de um cartão de crédito ou débito, já que estão codificadas sob um sistema especial de algoritmos.

Publicidade

Em uma coletiva de imprensa neste domingo, 1, em Tóquio, o vice-presidente da Sony, Kazuo Hirai, pediu desculpas a seus clientes e prometeu 30 dias de serviços grátis para usuários de PSN (Premium) e Qriocity.

Sony se recusa a dar respostas ao Congresso

 

Segundo o jornal The New York Times, a Sony recebeu uma carta do Congresso estadunidense solicitando o comparecimento da empresa para explicações sobre o roubo de dados privados de seus usuários. A audiência, chamada “A ameaça de roubo de dados de consumidores americanos”, deveria acontecer até a próxima sexta-feira, 6, mas após a empresa recusar a intimação, o prazo mudou para esta terça-feira, 3.

A Sony justifica a recusa por considerar que já há uma investigação em andamento e que não poderia apresentar respostas ao Comitê de Comércio e Indústria em função da “intensa investigação” e “gestão do ciberataque”.

Além da Sony, o Congresso aguarda para a audiência o diretor do departamento de defesa do consumidor da Federal Trade Commission, David Vladeck e o agente do serviço secreto dos EUA, Pablo Martinez.

Segundo o jornal, o comitê espera com as audiências decidir se devem ser criadas leis de notificação de violação de dados para ajudar a proteger consumidores após roubo de informações.

Com informações da EFE e do NYT.

Publicidade

—-Leia mais:Nova invasão gera críticas à Sony Sony libera acesso gratuito à PSN

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.