Uma carta aberta publicada neste sábado, 24, no site Ceticismo Político.org revelou que, supostamente, o responsável pelas postagens contra a vereadora assassinada Marielle Franco se chama Carlos Augusto de Moraes Afonso. O site se tornou assunto após ter tido a página no Facebook deletada pela rede social. A exclusão acontece dias depois de o administrador publicar e impulsionar notícias contra Marielle. O Facebook alega que a exclusão aconteceu porque o perfil do administrador era falso.
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Na carta, assinada por Carlos Afonso, o autor afirma que prefere usar o pseudônimo de Luciano Henrique Aydan para publicar suas análises e comentários sobre política na internet. Ele também conta que criou o personagem para desenvolver o que chamou de “método para a guerra política”.
“Nas horas vagas decidi, há mais de 13 anos, estudar métodos relacionados à dinâmica política”, escreve. “(...) A partir de 2011 comecei a desenvolver um método para a guerra política. Sinto dizer aos meus oponentes: o método funciona que é uma beleza”, informa, na carta.
Afonso afirma que a página do Facebook tomou “proporção acima do que esperava”, com 106 mil seguidores. No início da noite desse sábado, o Estado tentou acessar a página na rede social, mas ela constava como inexistente.
Identidade. Ainda na carta publicada no site, o autor justifica que usa pseudônimo de Luciano Aydan porque “sempre foi o interesse em desenvolver um método, criar uma base de conhecimento e auxiliar as pessoas na medida do possível, mas sem transformar tudo em uma atividade principal”. Apesar disso, o autor confirma que o site passou a ser monetizada em 2017.
O Estado tentou contato com suposto autor para uma entrevista por telefone, mas até às 19h50 não obteve respostas.
Deletado. Em nota, o Facebook confirma que excluiu a página, mas o fez porque os “padrões da comunidade não permitem perfis falsos”.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a rede social não quis informar o endereço do perfil deletado, mas confirmou que uma página envolvendo o site Ceticismo Político foi excluída porque não foi comprovada a veracidade das informações do perfil do administrador na rede social. “Páginas administradas por perfis falsos também violam nossa política”.
Atualmente, a plataforma exige que as páginas sejam administradas por um perfil pessoal também registrado no Facebook.