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Gadgetwise: O que acontecerá, nos próximos anos, com o filão iniciado pelo iPad da Apple?

21/09/2010 | 17h30

  •      

 Por The New York Times - The New York Times

Post publicado no:

Você não pensou que a Apple ficaria com o mercado dos tablets inteirinho para si, pensou?

As empresas de tecnologia, engasgando e tossindo em meio à poeira levantada pelo iPad, da Apple, estão preparando seus próprios dispositivos para um mercado que já demonstrou seu potencial de rápido crescimento. A consultoria de mercado IDC prevê a entrega de 7,6 milhões de tablets em 2010; até 2014, este número deve crescer para 46 milhões.

Com o verão já encerrado nos Estados Unidos e as festas de fim de ano ainda distantes, estamos agora entrando na temporada das novidades, quando os produtos são lançados em rápida e furiosa sucessão. Eis aqui uma análise de como anda o mercado de tablets atualmente — e uma previsão de como as coisas devem ficar nos próximos meses.

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A Dell já mostrou seu modelo de tablet, batizado de Streak, que é — sejamos honestos — basicamente um smartphone para gigantes do basquete (o preço de US$ 550 cobrado pelo Streak pode ser reduzido para US$ 300 se o consumidor assinar um contrato de dois anos com a AT&T).

Dell Streak é quase um smartphone FOTO: DIVULGAÇÃO

Sua tela de 5 polegadas sensível ao toque localiza o aparelho entre o iPhone (cuja tela mede 3,5 polegadas) e o iPad (tela de 9,7 polegadas). O Streak possui outra limitação: seu sistema operacional. Como muitos dos concorrentes atuais e futuros do iPad, o aparelho usa o sistema operacional Android. Mas, no caso do Streak, a versão do Android usada é antiga (1.6), diferente da mais atual (2.2, também conhecida como

Froyo), e assim o Streak já chega atrasado.

A Samsung revelou na quinta-feira, 2, um novo tablet chamado Galaxy Tab, o mais recente eletrônico criado para rivalizar com o iPad da Apple. A Samsung prepara seu novo tablet, o Galaxy. Trata-se de um tablet de verdade, dotado de uma tela sensível ao toque com dimensão de 7 polegadas.

Quando for lançado no fim de outubro ou início de novembro, o aparelho também será vendido pelas operadoras de celular — na verdade, pelos quatro principais nome da indústria nos EUA: AT&T, Sprint, T-Mobile e Verizon. O Galaxy vai rodar a versão 2.2 do Android.

Mas nem a versão mais recente do Android é garantia de sucesso. O problema está no fato de o Android nunca ter sido projetado para os tablets, e sim para os smartphones e dispositivos deste tipo. Quando ampliados para serem exibidos na comparativamente gigantesca tela de sete polegadas do Galaxy, muitos dos aplicativos disponíveis na loja Android Market apresentarão um aspecto nada agradável, se é que realmente funcionarão.

Em entrevista concedida ao TechRadar, o diretor de produtos do Google para celulares, Hugo Barra, disse: “Se o consumidor acessar o Android Market pelo tablet, os aplicativos simplesmente não funcionarão. (A versão atual do Android) não foi feita para esta plataforma”.

Thomas Richter, da Samsung, apresenta o Galaxy Tab. FOTO: Gero Breloer/AP

Não que o Google esteja desistindo dos tablets. Há outra atualização do Android sendo desenvolvida (a versão 3.0, apelidada de Gingerbread), que pode ser mais compatível com tablets como o Galaxy. O Google tem outro sistema operacional, chamado Chrome (não confundir com o navegador da internet de mesmo nome – boa jogada, Google), que pode ser a plataforma escolhida para novos tablets lançados pela HTC e pela Verizon ainda este ano.

Isto cobre os aparelhos voltados para o Android. É claro que há outros concorrentes, como Microsoft, BlackBerry e Palm, que agora faz parte da Hewlett-Packard. O Windows 7, da Microsoft, é capaz de reconhecer múltiplos toques na tela, o que faz dele um excelente candidato a sistema operacional dos tablets. Faz um ano que a HP trabalha no desenvolvimento de seu tablet, batizado de Slate; pode ser que o aparelho use o Windows 7 como sistema operacional quando for lançado antes do fim do ano.

Mas não podemos esquecer que a recente compra da fabricante de smartphones Palm por parte da HP deu a esta última a posse sobre o muito elogiado e pouco popular sistema operacional WebOS. Agora que a Palm faz parte da HP, espera-se que o Slate seja lançado em duas versões: uma com o Windows, outra com o WebOS. E há rumores de que a Research in Motion, fabricante do BlackBerry, também está desenvolvendo um tablet. Assim, podemos contar também com este concorrente.

Este é mais ou menos um mapa do mercado atual. A pergunta é: que rumo as coisas devem tomar? Para tentar responder, temos de levar em consideração a situação de três outros mercados de tecnologia: o mercado de PCs, o mercado de smartphones e o mercado de reprodutores digitais de música.

Por mais que a Apple queira, o iPad jamais atingirá o grau de dominância que o iPod foi capaz de conquistar; isto nunca vai ocorrer. A boa notícia é que o sucesso do iPad e seu lançamento antes da concorrência significam que dificilmente a Apple será obrigada a recuar para uma fatia de mercado tão pequena quanto a que a empresa mantém no mercado de PCs (veja também: as lições que a Apple aprendeu ao se transformar de grande concorrente no mercado de PCs dos anos 80 para uma empresa que domina um nicho do mercado atual).Eu apostaria que o universo dos tablets vai se parecer cada vez mais com o mercado de smartphones, acrescido de uma pitada do mercado de PCs para dar mais sabor. O mundo conhecido será repartido entre algumas plataformas, como no caso dos smartphones, mas, assim como no mercado de PCs, a distinção entre os recursos se dará no nível do software, e não no do hardware.

Para começar, o design é menos importante nos tablets do que nas outras categorias. A ideia é que o tablet se assemelhe a um painel de vidro tão simples quanto o possível. O hardware também deve seguir certos padrões definidos (tela, câmera, microfone, chipset) – a grande pergunta será quem vai oferecer os melhores e mais numerosos aplicativos. Se esta vai ser a chave do mercado (pode apostar nisso), os fabricantes de tablets não deveriam se preocupar com os consumidores no momento, e sim com os desenvolvedores de aplicativos. Se os desenvolvedores forem cativados, os compradores seguirão o mesmo rumo.

/SAM GROBART (NEW YORK TIMES)

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