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Vai comer fora do bandejão? Pense antes

Por Rodrigo Martins
Atualização:

Se a área para as bancadas, palcos e barracas aumentou nesta edição da Campus Party, o mesmo não se pode dizer da área Expo, aquela que é gratuita e que a organização tem a pretensão de atrair 100 mil visitantes até o fim desta semana.

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Primeiro vamos às atrações da área. Nas outras edições, um dos grandes destaques anunciados era a Campus Futuro, com inovações que apontariam tendências. Foi chamariz, principalmente, do primeiro ano, quando anunciaram uma mesa eletrônica que fazia sons movendo-se peças (a qual, os releases faziam questão de grifar, tinha sido utilizada pela Björk), além do robô Quasi, anunciado como super inteligente. Havia até uma sandália para prostitutas com GPS integrado.

Pois nesta edição, a Campus Futuro ficou escondida num cantinho da área Expo – que está menor. Não há quase filas para atrações como uma instalação que se mexe conforme se movimenta o corpo. Quando perambulei pela área, só vi filas num game de música em que ganha-se pontos quando se mexe a cabeça – ou será o corpo inteiro? – conforme o ritmo da música.

Fora isso, tirando a área de batismo digital, que pretende incluir digitalmente quem nunca mexeu no computador, o que sobra são estandes de bancos públicos, companhias aéreas, seguradoras, marcas de computadores, etc. Alguns só distribuem panfletos, outros criaram lounges para descansar. Os mais concorridos são os da Porto Seguro e da Sadia. O primeiro está distribuindo camisetas com caricaturas. O segundo, lanches esquentados no micro-ondas.

Mas vale um destaque: na área “Pontos de Rede”, estão rolando vários shows durante o dia. E os organizadores tiveram a sacada de colocar redes para deitar no espaço para a plateia. Interessante.

Agora vamos à comida. Esse é um dos maiores problemas da área Expo. Tudo bem que o campuseiro pode comer no bandejão (se tiver optado por isso). Mas e se não quiser comer no bandejão? Ao contrário do ano passado, quando havia uma praça de alimentação com várias opções para comer, neste ano, são apenas quatro. Três delas só vendem lanche. Apenas uma tem refeição. E duas não aceitam cartão de débito, apenas dinheiro (pode, num evento de tecnologia desse porte, ter algo desconectado?).

Além dos preços serem salgados (uma coxinha sai por R$ 4), as filas estão enormes. Ontem, demorei 1h3o para conseguir comprar comida. Isso porque, após pegar fila, me disseram que não aceitavam cartão de débito. Tive de caçar um caixa eletrônico – fica bem longe – e voltar para pegar a fila novamente.

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Levando-se em consideração que o Centro de Exposições Imigrantes fica muito, muito isolado, a praça de alimentação era um ítem que merecia mais cuidados, não?

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