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Yahoo amplia registro das buscas

Site vai aumentar o tempo para armazenar dados das buscas de 90 dias para 1 ano e meio

Por Agências
Atualização:

O Yahoo planeja aumentar de 90 dias para 18 meses o tempo para manter o registro das buscas feitas pelos usuários em seu site. A decisão foi feita dois anos depois de o buscador ter prometido deletar as informações com maior rapidez ao contrário dos concorrentes. A empresa disse que também estuda guardar outras informações dos usuários por um período ainda maior.

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A nova política de armazenamento de dados marca uma reviravolta para o Yahoo. No fim de 2008, a empresa se tornou o primeiro grande buscador a se comprometer a apagar os dados sobre os usuários depois de 90 dias. Tais dados — incluindo os registros de buscas, páginas visitadas e cliques em anúncios — são usados para direcionar o conteúdo e os anúncios exibidos.

O Yahoo agora se alinha às políticas do Google — líder em buscas no mundo — e da Microsoft, cujo buscador Bing é usado pelo Yahoo desde o ano passado quando as duas empresas fizeram um parceria. Tanto a Microsoft quanto o Google não seguiram o Yahoo quando o buscador decidiu diminuir o período de armazenamento de dados em 2008 para 90 dias.

A partir do verão no Hemisfério Norte (fim de junho), o Yahoo vai passar a armazenar os dados por um ano e meio — mesmo prazo usado pelo Google e pela Microsoft — depois de notificar os usuários.

Para garantir o anonimato, o Yahoo apaga os dados dos endereços IPs dos usuários, altera os arquivos que monitoram o hábito dos usuários na internet — conhecidos como cookies — e apaga outras informações que podem identificar uma pessoa.

O anúncio da empresa vem em um momento em que aumenta a preocupação sobre a quantidade de dados pessoais usados por empresas para traçar hábitos como tipo de páginas visitadas.

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“O Yahoo está voltando atrás da sua posição inovadora”, disse Erica Newland, analista do Center for Democracy & Technology, uma organização que defende os diretos à privacidade.

Anne Toth, que cuida dos assuntos relacionados à privacidade no Yahoo, disse que a empresa está enfrentanto um ambiente competitivo diferente hoje em dia — que envolve redes sociais, aplicativos para celular e outros serviços online que buscam a atenção do consumidor.

Para poder acompanhar esse novo ambiente, ela afirma, o Yahoo precisa ser capaz de oferecer serviços altamente personalizados — incluindo recomendações para compras online e buscadores que possam antecipar o que o usuário procura. Para fazer essa personalização, o Yahoo precisa analisar dados de um período maior, segundo ela.

A analista Erica Newland disse que a mudança na política do Yahoo mostra a importância de o governo lidar com a falta de privacidade online e estabelecer limites para as empresas, em vez das políticas de autorregulamentação que as empresas seguem atualmente. Ela afirma que a pressão sobre as empresas para traçarem perfis cada vez mais específicos dos consumidores online fez a proteção da privacidade na internet piorar.

/ AP

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