O Estado da Califórnia, maior mercado automobilístico e principal sede de empresas de tecnologia dos Estados Unidos, planeja permitir testes em estradas públicas, sem a presença de um motorista reserva, de veículos autônomos. Segundo autoridades estaduais, a ideia é liberar os testes até o final de 2017.
O Departamento de Veículos Motorizados do Estado (DMV, na sigla em inglês) está realizando uma consulta pública sobre os regulamentos propostos para testes de carros autônomos, sem a presença de um motorista reserva. Regulamentos atuais exigem que esses veículos tenham um motorista de reserva, que podem agir em caso de acidente.
Sem a necessidade de um motorista de reserva, os carros autônomos não serão mais obrigados a ter controles manuais convencionais, como volantes e pedais.
A mudança proposta fornece um caminho para a eventual venda e implantação de veículos autônomos na Califórnia, informou o secretário de Transportes do Estado, Brian Kelly, em comunicado.
O Estado licenciou 27 companhias para testar veículos sem motorista em estradas públicas, incluindo as fabricantes de veículos BMW e Tesla; fornecedores como Delphi Automotive e Nvidia; empresas de tecnologia como Waymo e Baidu, além de uma longa lista de startups de auto-condutores como Zoox, Drive.ai, AutoX e PlusAI. Também foram licenciados as startups de veículos elétricos NextEV e Faraday Future – ambas financiadas por capital chinês.
No início da semana passada, a Califórnia concedeu uma licença de teste para a Uber Technologies depois de um impasse legal em dezembro passado.
Os regulamentos propostos permitem que os fabricantes certifiquem que seus veículos de teste sem motorista possam operar sem controles convencionais. Os carros devem atender aos padrões de segurança federais ou ter uma isenção desses padrões dada pela Administração Nacional de Segurança de Trânsito Rodoviário, disse o diretor-adjunto do DMV, Brian Soublet, em uma entrevista na última sexta-feira, 9.
Apesar de não contar com um motorista reserva, os veículos autônomos deverão também ter um operador remoto que seja capaz de monitorar o funcionamento do veículo e de se comunicar com qualquer passageiro.