Empreendedora mudou de ideia duas vezes para fazer startup de festas

Formada em Lazer e Turismo, Camila Florentino teve dificuldades para fechar o conceito da Celebrar, que faz festas para clientes corporativos

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Por Matheus Mans
Atualização:
Foco. Com sócias, empresa de Camila retomou rumo Foto: Sérgio Castro/Estadão

Quando a paulistana Camila Florentino teve a ideia de criar o aplicativo para ligar quem quer fazer eventos com fornecedores, ela partiu da ideia de que havia muita burocracia para organizar festas. “Era um ótimo nicho para criar inovação”, diz a empreendedora. “Achava que minha startup seria um sucesso absoluto.”

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Só depois de conseguir juntar cerca de R$ 200 mil para tocar o negócio, porém, é que Camila percebeu que faltava algo mais importante: bons profissionais interessados na ideia. “Tentei fazer a empresa crescer e vi que não estava conseguindo”, conta. “Comecei a correr atrás de pessoas para ajudar.”

Quando conheceu suas sócias, Camila resolveu que era hora de mudar o foco da empresa, pois elas não conseguiriam abraçar o mundo. Criaram uma startup para festas de formatura. “A gente tinha quase 200 turmas interessadas no nosso trabalho”, diz. “Mas percebemos que o ciclo para as festas de formatura era muito longo. Algumas turmas pretendiam fazer a festa apenas em 2021. A gente não tinha como esperar tanto tempo para ter o retorno financeiro.”

A mudança de formato deixou a startup à beira da falência, então elas decidiram mudar outra vez. “Nós não nos envergonhamos de mudar novamente de foco”, conta a empreendedora. Há cerca de um ano, a Celebrar passou a ligar empresas interessadas em fazer eventos com fornecedores de todo o tipo. A recorrência dos eventos melhorou as perspectivas da startup de tornar-se um negócio rentável.

Segundo Camila, a empresa voltou aos trilhos e, em poucos meses, a equipe da Celebrar aumentou para sete pessoas. Se antes as sócias tiveram de trabalhar dois anos sem salário, hoje elas já se orgulham de poder pagar um salário para todos os envolvidos na empresa.

“Ainda precisamos alinhar algumas questões. Ainda estamos organizando pessoalmente alguns eventos, mas não queremos continuar a fazer isso”, diz. “Agora, vejo um futuro mais promissor.” 

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