Fazenda Futuro lança versão 2.0 de seu hambúrguer de carne vegetal

Futuro Burger 2.0 começará a ser distribuído em mercados e lanchonetes parceiros da startup nesta semana; nova versão tem menos calorias, gorduras e açúcares, promete fundador 

PUBLICIDADE

Por Bruno Capelas
Atualização:

Pioneira da “carne vegetal” (isto é, que imita cheiro, gosto e aparência de carne, mas é feita com produtos como soja, ervilha e beterraba) no mercado brasileiro, a startup Fazenda Futuro lança nesta segunda-feira, 20, a versão 2.0 de seu hambúrguer, o Futuro Burger – segundo a empresa, o produto deve começar a chegar aos 3,8 mil mercados e lanchonetes parceiros já nesta semana. 

“Enquanto a carne animal não pode evoluir, o contrário se aplica muito bem à carne de plantas”, diz Marcos Leta, fundador e presidente executivo da Fazenda Futuro, em entrevista exclusiva ao Estado. Segundo ele, a nova versão foi feita a partir de sugestões dos consumidores – as principais alterações, em termos de paladar, foram no sabor defumado e na quantidade de sódio inserida na receita. 

A nova versão do Futuro Burger: menos açúcar e condimentos Foto: Fazenda Futuro

PUBLICIDADE

Já no que diz respeito à nutrição, o novo hambúrguer tem 11% menos calorias, 23% menos carboidratos e 13% menos gorduras que a primeira versão do Futuro Burger, lançado em maio, numa parceria com a rede paulistana Lanchonete da Cidade. “Tiramos também o açúcar e alguns condimentos”, explica Leta. Ele defende que as mudanças são significativas e poderão ser percebidas pelo consumidor. “Não é uma jogada de marketing. Isso é algo que os frigoríficos antiquados fazem, é coisa do passado”, afirma. Segundo ele, novas atualizações do produto – ou seja, colocar uma nova receita na rua – acontecerão conforme o consumidor e a “comunidade que se identifica” com o produto pedirem. 

Rodada e rivalidade

Menos de dois meses após chegar ao mercado, a Fazenda Futuro foi avaliada em US$ 100 mi após uma rodada de investimentos, liderada pelos fundos Monashees e Go4it, administrado pelo filho de Jorge Paulo Lemann.

Segundo Leta, os recursos levantados na transação – US$ 8,5 milhões – serão usados pela empresa para acelerar seus planos de criar novos produtos no mercado brasileiro e levá-los também a outros países. “Percebemos que existe uma grande oportunidade de ser uma empresa global, pela demanda dos consumidores”, afirma. 

Ao Estado, o executivo, que também foi responsável pela criação da marca de sucos Do Bem, diz que não teme a concorrência de grandes grupos ou novas redes recém-chegadas ao mercado da “carne vegetal” – nas últimas semanas, Burger King e Bob’s começaram a vender suas próprias versões de hambúrgueres sem carne no País, em parceria com frigoríficos como a Marfrig. 

Publicidade

“As grandes mudanças de consumo acontecem quando você aumenta o acesso das pessoas, como ocorreu no início da internet e ocorre agora com a chegada de Burger King e Bob’s”, diz Leta. “Mas a carne vegetal surgiu para repensar a carne de origem animal – e os consumidores não aceitam o produto de frigoríficos que querem apenas aumentar seu portfólio, não fabricar algo por princípios."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.