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Governo de São Paulo faz concurso para se aproximar de startups

Programa do governo de São Paulo vai contratar startups que resolvam problemas enfrentados pela gestão pública

Por Thiago Sawada
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O governo do Estado de São Paulo, em parceria com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), realizou nesta terça-feira, 17, em São Paulo a primeira edição do Pitch Gov SP, um concurso para startups com ideias de como melhorar os serviços públicos oferecidos aos cidadãos. No total, mais de 300 startups se inscreveram no concurso e, após um processo seletivo, 15 delas foram selecionadas. Elas se apresentaram no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, para uma banca de avaliadores específica para cada área de atuação dos projetos.

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Coordenado pela subsecretaria de parcerias e inovação, o programa foi inspirado na iniciativa privada: grandes empresas, como bancos, tem se aproximado de startups para incorporar novas ideias. “Um primeiro passo para a empresa inovar é ter uma startup como fornecedora. É isso que o governo está fazendo agora”, diz o diretor executivo da ABStartups, Guilherme Junqueira.

Para a subsecretária de parcerias e inovação, Karla Bertocco, a inovação no governo é primordial para aprimorar a qualidade dos serviços públicos e reduzir os custos – esta última, uma necessidade em tempos de crise. “O momento é ideal para repensar os processos e a forma de prestar os serviços. Por isso, o governo precisa atrair gente de fora que traga novas ideias”, diz Karla.

Antes de lançar o projeto, o governo do Estado levantou 35 desafios relacionados às áreas de educação, saúde e serviços ao cidadão. Segundo a subsecretária de parcerias e inovação, há muitas startups nesses segmentos no Brasil, o que gera maior potencial de parcerias com o governo, que tem uma grande escala de usuários de serviços relacionados.

Após a avaliação da banda examinadora, que vai divulgar os resultados em 30 de novembro, o governo vai selecionar pelo menos uma startup de cada área. Elas terão que implementar a proposta em uma fase de testes, que pode durar de seis meses a um ano. Se o projeto resolver o problema, a ideia é que o governo do Estado contrate a startup para prestar o serviço por um valor a ser definido no futuro. O governo ainda não definiu qual será o modelo de contratação, já que, por lei, seria necessário fazer uma licitação.

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Startups. Um dos desafios na área de saúde é a prevenção de doenças como a dengue. Até agosto deste ano, a quantidade de pessoas infectadas no estado de São Paulo chegou a quase 600 mil. Para ajudar a reduzir os custos com o tratamento, a startup Aime desenvolveu um software capaz de prever com um mês de antecedência e em um raio de 400 metros, quais locais poderiam se tornar focos de dengue. O software utiliza inteligência artificial para analisar uma série de dados meteorológicos, de saúde e geográficos para indicar os locais com mais chances de surgir o mosquito.

A HandTalk criou um aplicativo para traduzir textos para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). O programa mostra um intérprete virtual que reproduz os gestos de libras após o usuário digitar as frases. A proposta é de que a tecnologia seja integrada aos sites do governo, para que os serviços aos cidadão sejam mais acessíveis.

Na área de educação, o App Prova apresentou sua plataforma de avaliação de alunos para alunos e professores. Ao acessar o site ou baixar o app, o aluno pode testar seus conhecimentos em diversas áreas do conhecimento ao responder questões produzidas pela equipe pedagógica da empresa. A partir destas avaliações, a plataforma faz um diagnóstico de quais conteúdos o aluno – e até mesmo a escola – apresentam falhas. A ideia é que o governo contrate a startup para medir o desempenho das escolas em todo o Estado.

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