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Liderança feminina: iniciativas ajudam mulheres a ocuparem posições de comando

Programas incentivam mulheres a se tornarem líderes de empresas de tecnologia e a investirem em startups

Por Carolina Ingizza
Atualização:

Após trabalhar dez anos como consultora no setor de tecnologia, Carine Ross, de 32 anos, percebeu que podia ajudar outras mulheres que seguiam carreiras nessa área. No ano passado, ela cofundou o Programa Elas, uma escola de liderança feminina. Trata-se de uma das novas iniciativas no País para promover a igualdade de gêneros nas empresas.

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“As mulheres têm uma educação que nos faz ter dificuldades diferentes das dos homens”, diz Carine. “Ensinamos como aprender a lidar com o estresse, com a ansiedade e a baixa autoestima.”

As turmas do Elas são de trinta mulheres e as aulas acontecem em um final de semana por mês durante três meses. O processo é composto por avaliações pessoais e dinâmicas. “Depois da primeira turma, 30% das alunas foram promovidas”, conta Carine. “É como se a gente as tivesse ensinado a ‘hackear’ o sistema.”

Sororidade.Programa Elas promove workshops para incentivar igualdade de gênero dentro das empresas; encontros acontecem em um final de semana por mês durante três meses Foto: Carolina Righetti/ATME

Liderança feminina e maternidade

Lidar com desafios específicos das mulheres também foi o que motivou Danieli Junco a empreender. Em 2015, após engravidar, ela sentiu que precisava trabalhar em algo com um propósito maior e que fosse possível conciliar com a maternidade. Assim, em 2016, nasceu a B2Mamy, aceleradora que dá mentoria para mães que querem empreender.

Segundo Danieli, as mães têm desafios diferentes das mulheres em geral. “Montamos um sistema de comunicação em que elas fiquem confortáveis em perguntar e aprender, mas mantemos a velocidade das startups”, diz. Em dois anos, a B2Mamy já teve 75 empresas aceleradas.

Investimento

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Na outra ponta da cadeia de negócios está Maria Rita Spina. Em 2013, a diretora da Anjos do Brasil percebeu um incômodo: estava cercada somente por investidores homens. Então, ela deu início ao movimento Mulheres Investidoras Anjo (MIA) ao lado de outras investidoras anjo como Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, e Camila Farani, da G2Capital.

Desde que foi fundado, o movimento viu sua base de investidoras anjo cadastradas saltar de cinco para 28. Nesse período, o MIA já identificou ao menos 500 mulheres com potencial. “A mulher tem dificuldade de investir por desconhecimento, mas depois que ela começa, deslancha”, diz Maria Rita. 

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