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Paulistana faz as malas para criar aceleradora no interior do Paraná

Cansada do ambiente corporativo, Ana Carolina Ebenau vai fundar espaço de incentivo a empreendedores em Maringá (PR)

Por Claudia Tozzeto
Atualização:
De mudança.Ana Carolina investe em uma aceleradora Foto: Márcio Fernandes/Estadão

A paulistana Ana Carolina Ebenau, de 41 anos, passou quase toda sua carreira ajudando empresas a investir em tecnologia. Em 20 anos, fez um pouco de tudo: colocou sistemas de gestão para funcionar, desenvolveu sites, projetou redes. Há cerca de um ano e meio, porém, ela cansou de trabalhar dentro dos escritórios e ter de seguir as regras e o ritmo do ambiente corporativo. “Percebi que eu tinha um talento que estava sendo enterrado”, desabafa Ana Carolina. “Então decidi mudar.”

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Não foi uma decisão individual dela, já que seu marido – também consultor na área de tecnologia – sentia a mesma necessidade. A princípio, eles pensaram em fazer uma mudança radical: viajar o mundo trabalhando à distância, com os dois filhos a tiracolo. Aos poucos, porém, Ana Carolina vislumbrou outras possibilidades: por que não aproveitar o ‘boom’ das startups no Brasil e criar uma aceleradora para ajudá-las a crescer mais rápido?

Além de vontade, porém, era preciso dinheiro. Por isso, no início de 2016, ela e o marido reduziram o padrão de vida, colocaram os filhos na escola pública e passaram a fazer economias. Em paralelo, procuraram cursos de capacitação em empreendedorismo.

O casal tinha um terreno em Maringá, no Paraná, e descobriu que a cidade reúne grande quantidade de startups e universidades. “Vou sair da minha cidade”, diz Ana Carolina. “Preciso fazer esse negócio dar certo.”

Nem tudo são flores, porém. Ela planejava inaugurar o coworking em maio, mas problemas na obra em Maringá levaram a um atraso de quatro meses. Agora, pretende mudar para a nova cidade com a família e começar a acompanhar a obra mais de perto. O negócio, diz ela, guarda boas perspectivas de crescimento para os próximos anos.

“O Brasil é um terreno fértil para as startups nos próximos anos”, diz ela. “Quero ensinar as pessoas a sonharem.”

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