Rede de institutos incentiva indústria a inovar mais

Institutos Senai de Inovação receberam R$ 1 bilhão em investimentos, sendo R$ 600 milhões do BNDES

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Por Renato Cruz
Atualização:
Gustavo Leal, diretor de operações do Senai Foto: Hélvio Romero/Estadão

Transformar conhecimento em novos produtos não é uma tarefa fácil. Em 2012, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) deu início ao projeto de sua rede de 25 institutos de inovação, que já começam a dar resultados. Um exemplo é o Flatfish, um robô autônomo que atua em águas profundas, desenvolvido para a Shell. “Ele vai a 3 mil metros e executa sua missão”, explicou Gustavo Leal, diretor de operações do Senai. 

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Os Institutos Senai de Inovação receberam investimento de cerca de R$ 1 bilhão, sendo que R$ 600 milhões vieram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o restante do próprio Senai. Dos 25 institutos, 21 já estão em operação.

“As empresas têm ganhos significativos de produtividade e de mercado à medida que conseguem se apropriar de novos conhecimentos e transformá-los em novos negócios”, disse Leal. 

Os institutos Fraunhofer, na Alemanha – que são parceiros do Senai na implantação dos centros brasileiros – foram o modelo para o projeto. O Massachusetts Institute of Technology (MIT) é o outro parceiro internacional, responsável por avaliar o cenário brasileiro de inovação e traçar uma estratégia para os institutos. A ideia surgiu com o Movimento Empresarial pela Inovação (MEI), criado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“É preciso incentivar a indústria brasileira a inovar mais”, diz Leal. “Dentro dessa visão do MEI, surgiu uma proposta de instalar no País uma infraestrutura tecnológica capaz de suportar as necessidades da indústria brasileira no que diz respeito a projetos de pesquisa aplicada e de inovação pré-competitiva.”

Com prazo de 10 anos para implantação, os institutos têm 520 pesquisadores e uma carteira de 498 projetos de pesquisa desenvolvidos para diversas empresas.

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