Space X ganha apoio do governo dos EUA para fazer rede de banda larga via satélite

Empresa de Elon Musk recebeu aprovação para construir infraestrutura; para presidente da FCC, esforço pode ajudar a conectar áreas pobres e rurais

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Por Redação Link
Atualização:
O foguete Falcon 9, da Space X, será utilizado no lançamento, agendado para o próximo sábado Foto: NASA/Reuters

A Space X, a empresa de exploração espacial de Elon Musk, conquistou nesta quarta-feira, 14, a permissão do governo americano para criar uma rede de internet banda larga via satélite. 

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"A tecnologia de internet via satélite pode ajudar americanos que vivem em áreas rurais a se conectarem", disse Ajit Pai, presidente da agência regulatória americana de telecomunicações (FCC, na sigla em inglês), em um comunicado distribuído à imprensa. Já sua colega Jessica Rosenworcel destacou as inúmeras possibilidades da conectividade via satélite. 

Com a aprovação da FCC, que demorou menos de duas semanas, a Space X poderá fazer os primeiros testes experimentais já no próximo sábado, na Califórnia. 

A empresa vai usar o Falcon 9, um de seus principais foguetes, para transportar um satélite da espanhola Hisdesat. Procurada pela Reuters, a Space X não estava disponível para comentar o assunto imediatamente. 

O plano de Elon Musk é utilizar a exploração comercial de satélites para financiar os custos de criar uma cidade em Marte – o sonho do empreendedor é colonizar o planeta vermelho. "Quero criar um sistema de comuicação global que seja comparado a criar a internet no espaço", disse Musk em um discurso em 2015. 

No último dia 6, a Space X deu mais um passo para chegar lá, ao lançar seu mais poderoso foguete até então, o Falcon Heavy. Com capacidade para transportar até 70 toneladas, o foguete teve um lançamento bem-sucedido e enviou para o espaço um Tesla Roadster, modelo superesportivo da fábrica de carros elétricos de Musk. 

Já o governo norte-americano tem tentado, nos últimos anos, incentivar políticas de conectividade para áreas rurais. Hoje, 14 milhões de americanos em áreas rurais, bem como 1,2 milhões de habitantes em áreas de reservas indígenas estão fora da internet ou tem conexão móvel de baixa velocidade. 

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