Startup americana vai vender bicicletas feitas com impressão 3D

Arevo Inc., comandada pelo ex-Google Jim Miller e patrocinada pela CIA, promete comercializar quadros de fibra de carbono por US$ 300

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Por Agências
Atualização:
Bicicleta de fibra de carbono da Arevo fabricada por impressora 3D Foto: Stephen Lam /REUTERS

O que fazer depois de colaborar com as gigantes do ramo da tecnologia, como Google e Amazon? A resposta para o executivo Jim Miller é simples: andar mais de bicicleta.

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Entretanto, as bicicletas que vêm tomando o tempo de Miller não são as magrelas comuns, soldadas e montadas com bases de aço e alumínio. Ele se tornou recentemente presidente executivo da startup Arevo, empresa que promete ser pioneira na fabricação de bicicletas de fibra de carbono com impressoras 3D.

Respaldada pelo setor de capital de risco da CIA, a Agência Central de Inteligência dos EUA, a Arevo está utilizando as bicicletas para demonstrar o potencial de seu software e da sua tecnologia de impressão.

A empresa espera utilizar seus atributos para produzir peças para aeronaves, veículos espaciais e outras aplicações onde os cientistas prezam pela força e leveza da fibra de carbono. Os maiores empecilhos para estes projetos são o alto custo do material e a intensa mão de obra que é necessária para produzi-lo – fatores que podem ser atenuados com a impressão 3D.

Nesta quinta-feira, 17, a Arevo levantou US$ 12,5 milhões de capital de risco proveniente da japonesa Asahi Glass e do fundo de investimentos Leslie Ventures. A startup já havia angariado anteriormente US$ 7 milhões do fundo Khosla Ventures e da In-Q-Tel, empresa norte-americana de capital de risco ligada à CIA.

As bicicletas tradicionais de fibra de carbono envolvem altos custos de produção pois os trabalhadores colocam manualmente as camadas da fibra em torno do molde da estrutura. O quadro da bicicleta é então levado a um forno para derreter a resina e então solidificar a fibra de carbono. 

A Arevo utiliza um braço robotizado para imprimir a forma tridimensional da estrutura da bicicleta. Esse braço molda os fios da fibra de carbono e derrete um material termoplástico para unir esses fios, tudo em um único passo. O processo quase não envolve trabalho humano e permite à startup comercializar os quadros por US$ 300.

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“Nós estamos na mesma linha dos preços de custo para se produzir um quadro de bicicleta na Ásia”, disse Miller. “Como os custos de mão de obra são muito menores, podemos tercerizar a fabricação dos componentes”.

Ao mesmo tempo que Miller está em contato com diversas fabricantes de bicicletas, a empresa também almeja produzir peças para veículos espaciais. “Nós podemos imprimir o tamanho que você quiser, como a fuselagem ou a asa de um avião, por exemplo”, conclui. Tradução de Alex Tajra, especial para o Estado

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