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Impressão Digital

Muito mais mudanças

O site do Link não mudou, mas o Link está sempre mudando

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Por Alexandre Matias
Atualização:

E aí, gostaram das mudanças no Estadão? O Doria comenta com mais propriedade que eu em sua coluna dessa semana, afinal esteve envolvido em todo a parte digital do novo jornal, mas posso falar um pouco sobre a parte que nos diz respeito: o Link. A primeira mudança, o leitor atento percebeu, é uma não-mudança: todo o site do jornal passou por uma reforma estética e editorial considerável, mas a área de tecnologia, não ("Cadê o Link na home?", me perguntam; respondo: é a palavra Tecnologia no cabeçalho da home, dividindo importância com Economia e Esportes em hierarquia de importância).

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O mesmo leitor também percebeu que mudamos antes da atual reforma do jornal. O site do Link, até quando assumi a edição do caderno, em maio do ano passado, era atualizado uma vez por semana, apenas com o conteúdo da edição impressa. Estamos há quase um ano com atualizações diárias que completam o caderno semanal e com o mesmo número de repórteres na equipe que antes fazia apenas um caderno por semana. E, nesse meio-tempo, já tivemos mais uma mudança, não apenas de layout, mas também de conteúdo - desde janeiro publicamos o site em Wordpress e já temos nove blogs em ação diariamente, sem contar o blog Link Tempo Real, dedicado a cobertura de grandes eventos. Outros virão - e logo.

É muito trabalho? Muito, você nem imagina. particularmente na última semana, devido ao novo projeto em implementação, passamos mais de doze horas na redação para checar se tudo estava nos conformes, se cada matéria era realmente importante, se havia alguma foto que estava só fazendo número, se a ilustração fazia sentido, se a distribuição das peças estava correta, se havia algum fio ou ponto fora do lugar. Além da atividade jornalística per se, fazer jornal também é contar com um senso estético que faça sentido para o entendimento da notícia. Não é simplesmente jogar texto, foto e ilustração em uma página e esperar que elas se resolvam sozinhas. O leitor médio sequer percebe que há todo um artesanato nesta feitura: as palavras não devem se repetir em títulos muito próximos, as manchetes têm de ser curtas e incisivas, o corte da foto na página não pode obedecer ao buraco deixado pelo texto.

Por isso todo este trabalho, não apenas para fazer o Link cada vez melhor como fazemos toda semana, mas também para que estreássemos no novo projeto gráfico em grande estilo. Além do projeto em si, ainda tivemos algumas mudanças específicas para o caderno, como a fonte que usamos nos títulos (que, no Estadão, só a gente pode usar) e a mudança da cor de nosso logotipo, agora em cyan 100%. E neste laborioso pente fino feito durante a semana (a que está começando não promete ser diferente) contamos com o auxílio precioso do escritório catalão que redesenhou o jornal, o Cases i Associats, cujo mentor estético Chico Amaral nos disse com todas as letras: "O Link é o nosso laboratório".

Já trabalhamos com essa lógica há muito tempo e o leitor sabe. Não basta publicar uma matéria contando o que aconteceu durante a semana. Ela precisa ser repensada para além do óbvio, para muito além do que o leitor pode esperar, para mais longe ainda que possamos supor. É observando o quadro completo que conseguimos interrelacionar notícias quentes e modismos passageiros, infraestrutura e futilidades, grandes mestres e anônimos de sucesso - e pensar em um caderno que não seja só um relatório dos acontecimentos, mas um laboratório em que realmente testamos e experimentamos as mudanças mais séries da atualidade para entender como será nosso futuro. Seja o dia-a-dia das pessoas ou o futuro do jornalismo.

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Mas o site do Link irá mudar. E não só uma vez. Fique atento, quando menos você esperar, lhe surpreenderemos mais uma vez.

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