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Curtinhas de quinta-feira

ÔÔÔ Não precisa de motivo, a qualquer momento, em meio a uma palestra, participando de alguma promoção, jogando, comendo, tomando banho, dormindo (!), sempre haverá um grupo (uma multidão, na maioria das vezes) gritando "ÔÔÔÔ". Até agora, muitas pessoas não sabiam o como isso começou, mas o campuseiro Pedro Henrique, faz parte dessa história, e explicou ao Link tudo o que sabe sobre o hit mais famoso da Campus Party.

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Por Redação
Atualização:

O grito nasceu logo na primeira edição, em 2008. O autor do primeiro ÔÔÔ se chama Henrique Alves (que não veio a esta por motivos pessoais). Alves e Pedro Henrique são amigos e participam desde sempre da área de modding. Em 2008, Modding e Games ficavam muito próximas uma da outra, e havia uma espécie de rixa entre os grupos das duas, com direito a brigas verbais. Sem motivo algum, muito provavelmente em função de uma comemoração de uma nova criação arquitetônica em seu desktop, Henrique Alves gritou ÔÔÔ, o que foi bem recebido por seus amigos que passaram a repetir o coro. O canto evoluiu e se tornou o grito de guerra usado contra os "gamers". A partir daí, a brincadeira cresceu e ganhou novos adeptos, na verdade, todos os campuseiros se tornaram adeptos. Ah, um detalhe preciocíssimo ao qual apenas o Link teve acesso: o grito, na verdade, não é "ÔÔÔ", mas sim "ÔÔÔP", com um "p" mudo no final, o que faz toda a diferença.

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Barulho livre Durante o debate entre o ministro das Comunicações, o presidente do NIC.br e o da Telebrasil, um barulho insuportável vindo da área de Vídeo, Foto e Design rasgava as falas palestrantes e atrapalha a total compreensão do que era falado. Mario Teza, o diretor da Campus Party, estava mediando o debate e, vendo o incômodo dos ouvintes, anunciou pelo microfone que já havia pedido para abaixarem o som, mas o chefe não foi obedecido. "Aqui reina a liberdade, a gente pede e eles podem não baixar, é assim".

As coisas estão melhorando Os campuseiros relataram problemas na tarde de ontem, com novas quedas na conexão. Uma grande aconteceu por volta das 18h horas e demorou por volta de 40 minutos até tudo ser reestabelecido. A organização enviou um e-mail ao campuseiros dizendo que, por conta da chuva, alguns equipamentos que fazem a transmissão nas mesas foram danificados e "prontamente substituídos". A conexão voltou gradualmente, mas voltou, relata Isabela Muniz, de Americana-SP. Ela está na Campus desde segunda-feira (quando perdeu 10 horas só em filas de credenciamento, barraca e alimentação) e diz que os primeiros dias "foram uma bagunça", mas, hoje, o dia está bem tranquilo e sem grandes problemas.

Arrastão da musa Por volta das 17h15, a panicat Babi Rossi saiu do Centro Imigrantes usando uma micro saia branca. Consigo, arrastou uma dezenas de adolescentes que queriam ser fotografados próximos à musa. Na sequência, apareceu Marcos Mion, que movimentou uma legião menor de fãs. Os dois participaram do Vivo On Webshow, um programa online produzido pela Vivo que foi transmitido direto do Centro Imigrantes. Da mesa também participaram Felipe Solari, do Legendários, e Maurício Cid, do blog Não Salvo.

Enxugando o suor A ação de marketing escandalosa desta manhã de quinta ficou por conta do Banco do Brasil, que distribuiu roupões brancos para os participantes da feira, em tentativa de deixar a Campus Party em um clima mais "intimista". Com o calor que faz aqui dentro do Centro de Exposições Imigrantes, a brincadeira não colou. Serviu, no máximo, pra enxugar o suor.

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 Foto: Estadão

A ascensão do Kinect Todos os estandes de games ou ações de marketing na edição do ano passado da Campus Party contavam com pelo menos uma TV onde eram disputados desafios de Guitar Hero ou Rock Band. Esse ano, só dá o Kinect. Modalidades como boxe, vôlei de praia e tênis são as preferidas nos games interativos do periférico do Xbox 360.

Para crianças Quem achava que a Campus Party era um evento restrito a nerds, programadores e hard users em geral teve uma surpresa ao chegar ao Centro de Exposição Imigrantes: esse é o ano mais inclusivo do evento. Crianças por todos os lados -- desde bebês de colo, marcando a presença da segunda geração de geeks no evento, até excursões de colégios da rede pública municipal, que contam com atividades exclusivas para os pequeninos.

Comedores de computador Coisas estranhas acontecem na Arena. Enquanto campuseiros ficam focados em suas atividades, olhos vidrados nas suas telas, surgem também criaturas bizarras, vestidas de roupas coloridas e antenas e começam a comer os notebooks, literalmente, falando palavras incompreensíveis. É claro que tudo é uma brincadeira e eles são nada menos que vírus.

Santa Campus Party Além da Santa Banda Larga, utilizada durante o protesto aos apagões na terça-feira, os campuseiros estão abençoados por outras santidades que ocupam o Centro Imigrantes. São Logado é padroeiro das redes sociais, protetor dos fakes e autênticos; para pedir sua atenção basta pedir "Logai por nós!". O Santo Achado é o patrono das buscas e respostas e ajuda aqueles que precisam achar algo na rede, "mas é preciso saber perguntar, do contrário, seus ensinamentos podem ser confusos". Por fim, o São Uploudo, protetor dos produtores de conteúdo que precisam fazer o seu upload rapidamente e com boa conexão. Precisa da sua ajuda? Basta "cantar para subir". Atualmente, este último vive nas nuvens. Amém.

Coisas estranhas acontecem aqui Guilherme Fuzato veio de Franca, interior de São Paulo, para passear com seu zepelin branco (que tem o tamanho de uma geladeira) pela Campus Party. A estrutura plástica ele comprou, mas o motor (hélices e receptor de comandos do controle remoto) ele e alguns amigos que construíram. Enquanto desfilava com seu brinquedo, perguntei se ele estava gostando do evento, e a resposta misteriosa foi "olha isso, preciso dizer mais alguma coisa?".

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De repente, forma-se uma fila de 30 pessoas (todos gritando o famoso "ôôô"), à frente um sujeito fantasiado do pinguim símbolo do Linux, atrás dele a "Morte" seguia sua marcha fúnebre à frente de um outro fantasiado de Javali, que por sua vez, era seguido pelo "Darth Vader". A razão disso tudo? Nenhuma.

Após essa passagem bizarra, os campuseiros tomam um susto e vários se levantam da cadeira para entender o que acontecia. Gritinhos femininos ensurdecedores tomam todo o galpão. O mesmo torna a acontecer mais três vezes e as pessoas continuam a não entender da onde vinha aquilo. De repente, um batalhão de mulheres começa a correr desesperadamente por entre as mesas (ainda com os gritinhos), atraindo dezenas de campuseiros interessados na manifestação feminina. A razão disso tudo? O sorteio de um iPod rosa.

Colaborou Murilo Roncolato

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