Foto do(a) blog

O lado livre da internet

O primeiro FISL a gente nunca esquece

Você não foi ao FISL? Um relato para deixá-lo com água na boca para ir no ano que vem!

PUBLICIDADE

Por CCSL
Atualização:
 Foto: Estadão

Por Alfredo Goldman*

PUBLICIDADE

Pois é, depois de muito tempo, finalmente participei do Fórum Internacional de Software Livre. Foi uma experiência ótima, do tipo daquelas que depois pensamos: "por que eu não havia ido antes?". Ou como a sensação que temos quando aprendemos a andar de bicicleta. Vou tentar descrever o FISL com vários adjetivos, mas nenhum deles descreve de forma suficiente tudo o que se passa no evento.

Enorme: o FISL já nasceu grande, com muitos participantes. Neste ano, mais de 3 mil pessoas se inscreveram. Isso, por si só, já dá uma dimensão superlativa ao evento mas, além disso, imaginem um mundo de gente com interesse em cooperação, liberdade e boa vontade para fazer coisas. A combinação é perfeita.

Livre: todos estão lá querendo colaborar, ajudar, compartilhar conhecimento; logo, a todo instante se formam rodas de conversas, grupos e comunidades com intuito de levar ideias adiante. Isso cria uma sinergia única onde todos, além de estarem por lá para assimilar conhecimento, também estão lá para, em conjunto, criar novas contribuições.

Diverso: apesar de ser um evento essencialmente de computação, há vários tipos de pessoas diferentes. Não só de áreas diferentes, mas com visuais e intuitos diferentes. Toda essa diversidade cria um potencial enorme de criação, algo que não se encontra facilmente. Por exemplo, conversei com muita gente, desde estudantes até funcionários públicos, todos buscando o bem comum. Sem esquecer das pessoas com máquinas que geram eletricidade a partir da energia cósmica. Não sei o quanto disso é real, mas sei que a motivação é maravilhosa, deixar que cada um possa produzir a sua própria energia.

Publicidade

Acessível: o evento, além de ter preços bastante razoáveis, disponibiliza quase todo o conteúdo de forma livre, para que todos possam ter acesso. Quem quiser saber um pouco do que rolou lá, basta visitar este site e ver algumas das palestras. Naturalmente, tudo feito com software livre.

Divertido: além de todos os eventos que ocorrem durante o dia, há também as diversas festas à noite, onde as diferentes tribos têm a chance de se reunir e ter momentos de pura descontração, com muita gente interessante. A cidade baixa, em Porto Alegre, se transforma com a presença do pessoal do FISL.

Esclarecedor: durante o evento, principalmente nos diversos painéis, há discussões muito francas sobre temas atuais. Para citar um exemplo, o painel sobre o Marco Civil deixou claros vários aspectos bastante preocupantes sobre o domínio das empresas de telecomunicação, não só sobre o mercado, mas também sobre a agência reguladora. Dá para escrever muito a respeito, mas será assunto de um post futuro.

Concluindo, recomendo a todos participar do FISL. No ano que vem tem mais e eu vou!!!

*Alfredo Goldman é Professor de Ciência da Computação no IME/USP e diretor do CCSL-IME/USP

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.