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Deu no New York Times

A diferença do novo iPad está nos aplicativos

Não existe nenhum tablet como ele, mas são os aplicativos que fazem o iPad se destacar

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Por David Pogue
Atualização:
 Foto: Estadão

SÃO FRANCISCO - Num evento em São Francisco, o diretor executivo da Apple, Tim Cook, subiu ao palco para lançar o iPad deste ano e algumas outras surpresas.

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Estou dizendo "o iPad deste ano" porque ele não tem nenhum outro nome distinto. A Apple diz que não deve ser chamado de iPad3, apesar de o modelo anterior ter sido denominado iPad 2. E também não é o "iPad HD", apesar da sua nova tela de retina ter uma resolução maior do que a tela de alta definição da TV.

Eu o experimentei na quarta-feira e farei uma longa resenha mais tarde. No momento aqui estão minhas primeiras impressões.

Além da tela de retina o novo iPad tem:

- Um processador mais rápido - Uma câmera melhor (a mesma de 5 megapixels como o iPhone) - Um gravador de vídeo de alta definição 1080p (com estabilização) - Serviço de ditados ou Voice Dictation ( entretanto não tem o recurso de comando de voz Siri) - Hotspot pessoal (pague à sua operadora uma taxa mensal extra; o iPad transmite seu sinal de internet para laptops vizinhos e outros aparelhos pelo Wi-Fi, esteja onde estiver, mesmo num carro). - 4G LTE -- o que significa velocidades super altas para a internet em cidades onde a Verizon Wireless e a AT&T instalaram redes de 4G

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Os preços, armazenamento e vida da bateria são idênticos aos iPads anteriores. O que impressiona, pois o 4G é um famoso sugador de bateria. É por isso que este novo iPad é levemente mais grosso e pesado do que o último; necessita de uma bateria mais robusta.

Mas esta não foi a única notícia durante o evento. A Apple anunciou também que sua Apple TVde US$ 100 terá um pequeno upgrade em 16 de março. Ela terá capacidade para exibir filmes de alta definição em 1080p e terá um novo design do software baseado num ícone.

Ah, e os filmes que você comprar da loja online da Apple estão agora disponíveis online no iCloud online, e podem ser vistos em qualquer aparelho Apple, do mesmo modo que os programas de TV e música.

Para mim, contudo, o mais interessante são os novos aplicativos que a Apple desenvolveu para o iPad, iPhone e o iPod Touch.

Garage Band, por exemplo, foi abençoado com diversos recursos para fazer música. Um deles permite que até quatro pessoas toquem diferentes instrumentos ao mesmo tempo. De alguma maneira, seus quatro recursos de toque na tela permanecem sincronizados pelo Wi-Fi e eles fazem uma gravação numa fita master em quatro pistas perfeitamente sincronizada, pronta para a mixagem, edição (há um novo modo de editar nota por nota) e postagem online.

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Meu aplicativo predileto, isso se a demonstração da Apple for uma indicação, será o iPhoto para iOS. (Como Garage Band, é um download de US$ 5, ou você pode fazer um upgrade gratuito se comprou uma versão anterior do iOS).

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Sob alguns aspectos, ele vai além do iPhoto para o Mac, uma vez que suas ferramentas de edição podem fazer mais do que influir na foto inteira de um só golpe. Ele oferece pincéis que permitem que você a um toque dos dedos clareie, escureça, aumenta ou diminua a saturação ou dê mais contraste em partes individuais de uma foto.

Você pode fazer isso com o Photoshop, mas nunca foi possível num iPhoto. O recurso de múltiplos toques é usado de maneira inteligente; por exemplo, com dois dedos você pode fazer a rotação de uma foto, fazer um zoom, ajustar a moldura da vinheta que está imprecisa, e assim por diante.

Um outro recurso (também disponível no iPhoto "real") permite usar a técnica conhecida como duplo toque numa foto -- selecionar automaticamente todas as fotos que têm uma composição bastante similar. É uma maneira rápida de selecionar todas as fotos, digamos, de um grupo de família fazendo a mesma pose, e na rapidez para saber quem tirou a foto. De algum modo o software analisa o que está de fato nas fotos e decifra quais as que você tirou com um mesmo tema.

Essas são apenas as pontas do iceberg do que a Apple mostrou nestes novos aplicativos, mas a mensagem parece clara. Sim, o hardware do novo iPad mantém a Apple na frente dos seus concorrentes no campo dos tablets -- não existe nenhum outro, ainda, com alguma coisa parecida a essas especificações -- mas é o software que realmente faz o iPad se destacar. São esses 200.000 aplicativos concebidos para sua tela mais ampla e estes novos aplicativos que deverão tornar a criatividade usando o recurso do multitoques de modo mais rápido e mais divertido.

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* Publicado originalmente em 7/3/2012.

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