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Deu no New York Times

Agilizando os procedimentos de segurança no aeroporto

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Por David Pogue
Atualização:

Quando passei pelos procedimentos de segurança no aeroporto de Las Vegas na semana passada, fiquei muito surpreso com aquilo que encontrei. O funcionário da Agência de Segurança para os Transportes (TSA) disse que eu não precisava tirar o casaco, nem o sapato, nem o cinto, nem o relógio. "Como é?" disse eu. Abri a mochila para tirar dela o laptop. "Não será necessário, pode deixá-lo aí dentro", disse o funcionário.

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Perplexo, avancei para a área de embarque. Antes, passei por um detector de metais à moda antiga - e não pelo leitor atual, que nos obriga a ficar de mãos erguidas e produz imagens do corpo todo. Foi incrível. Era como passar pelos procedimentos de segurança no dia 10 de setembro de 2001.

"Bem-vindo ao TSA PreCheck", disse o agente enquanto eu passava. Foi só depois de entrar no avião e me conectar à rede Wi-Fi que descobri o que tinha acabado de ocorrer. Em algum momento, aceitei participar do novo programa TSA PreCheck, atualmente em fase de testes em três companhias aéreas (American, Delta e Alaska Airlines) e 12 aeroportos.

A ideia é oferecer procedimentos de segurança mais leves e ágeis para passageiros de voos domésticos que sejam conhecidos como apostas garantidas - aqueles que concordaram em serem submetidos à checagem dos seus antecedentes.

O TSA PreCheck é gratuito. Basta aceitar a participação. No momento, apenas alguns passageiros frequentes estão sendo convidados para aproveitar a oportunidade, mas, depois que aceitamos, a vida se torna muito mais simples. O cartão de embarque destes passageiros recebe um código de barras especial que informa aos agentes da TSA que se trata de um passageiro inscrito no PreCheck. Os funcionários conduzem o passageiro para uma fila especial e bingo -- a pessoa passa rapidamente pela segurança como nos bons e velhos tempos.

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No momento, as filas do PreCheck estão disponíveis nos seguintes aeroportos: Atlanta, Chicago (O'Hare), Dallas, Detroit, Nova York (Kennedy e LaGuardia), Las Vegas, Los Angeles, Miami, Minneapolis, Seattle, Salt Lake City e Washington (Reagan). Até o fim de 2012, o PreCheck vai chegar a outros 22 aeroportos, incluindo os de San Francisco, Newark, Orlando, Boston e Denver. Além disso, outras companhias aéreas devem aderir em breve ao programa.

Ora, os leitores mais antigos sabem que desprezo em grande parte o raciocínio do governo em relação aos dispositivos eletrônicos e as viagens aéreas. As regras são frequentemente ilógicas, quando não são absurdas e ridículas. Adorei os artigos de meus colegas do New York Times comentando os limites da regra que nos obriga a "tirar o laptop" da mochila, de Matt Richtel, e as limitações da regra que nos obriga a "desligar todos os dispositivos eletrônicos durante a decolagem e aterrissagem", de Nick Bilton.

(Tenho centenas de outras perguntas do mesmo tipo: por que nos preocupamos tanto com o potencial de atentados terroristas em aviões, ao mesmo tempo em que ninguém se preocupa com grupos muito maiores de pessoas nos cinemas ou nos eventos esportivos? Por que se preocupar especificamente com 100ml de um líquido quando os bandidos poderiam simplesmente viajar juntos e somar dúzias de pequenas garrafinhas com tal líquido? Se os bandidos não respeitam nada nem tem nenhum tipo de escrúpulo, por que os meninos e meninas de 12 anos não são mais obrigados a tirar os sapatos? Paciência.)

Mas o programa PreCheck mostra que alguém, em algum lugar, está tentando trazer um pouco de bom senso ao labirinto das regras de segurança dos aeroportos.

* Publicado originalmente em 27/4/2012.

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