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Deu no New York Times

Uma ode às lâmpadas LED

Um brinde às lâmpadas de LEDs - a luz do futuro, quase livre de contraindicações

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Por David Pogue
Atualização:

Um amigo meu descobriu que a Home Depot está vendendo lâmpadas LED de alta potência por US$ 20 cada uma.

Isso me deixou empolgadíssimo.

 Foto: Estadão

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Sou um sujeito bastante consciente das questões ecológicas. Tenho um Prius e um Honda Fit. Meus termostatos são rigorosamente programados. Sou conhecido por ficar com garrafas de plástico vazias durante a viagem até achar um aeroporto dotado de um lixo reciclável que possa recebê-las.

Assim, quando comprei minha casa em 2004, eu a equipei com lâmpadas fluorescentes compactas, é claro, que são aquilo que pessoas preocupadas com o meio ambiente devem utilizar.

Mas as lâmpadas que comprei levavam muito tempo para esquentar. Só chegavam ao máximo de sua luminosidade depois de cinco minutos, o que representava um sério problema no closet, por exemplo; durante anos, escolhi a roupa do dia na penumbra. Um problema parecido ocorre também nos banheiros, quando estamos tentando ajeitar a aparência no escuro.

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Claro que tenho lido a respeito das lâmpadas LED. É como se fossem o Santo Graal das lâmpadas. Elas ligam instantaneamente. A intensidade da luz pode ser regulada (em alguns modelos). Acendê-las e apagá-las com frequência não afeta sua vida útil. Elas não têm mercúrio. São mais fortes e mais resistentes do que outras lâmpadas. A cor da luz é fantástica; na verdade, esta pode ser de qualquer tonalidade escolhida pelo fabricante, já que é possível controlar a cor dos LEDs.

Além disso, elas usam muito menos energia do que outras lâmpadas; uma lâmpada LED de nove watts produz a mesma luminosidade de uma lâmpada incandescente de 60 watts. Acima de tudo, elas duram uma eternidade: 30.000 horas é a sua vida útil normal. Compare isto às mil horas de vida das lâmpadas normais, ou às oito mil horas de vida das lâmpadas fluorescentes compactas.

Então, o que há de ruim nelas? O preço, naturalmente. Normalmente, uma lâmpada LED custa de US$ 30 a US$ 40. Ora, você vai receber esse dinheiro de volta em questão de alguns anos, graças ao menor gasto com energia elétrica e com a compra de lâmpadas substitutas. Mas você sabe como os americanos são. A maioria das pessoas demora muito para se conscientizar da poupança no longo prazo e, por isso, muitos hesitam em gastar US$ 20 numa lâmpada.

O que me leva de volta à liquidação na Home Depot: US$ 20 por cada lâmpada da alta luminosidade. São modelos Cree EcoSmart de 10 watts, que fornecem luz equivalente à oferecida por uma lâmpada incandescente de 65 watts.

Comprei uma tonelada delas - o suficiente para a casa inteira de dois andares. Dei uma olhada na conta total e comecei a cantar, "lembre-se do longo prazo... lembre-se do longo prazo".

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Parecia que bastava tirar minhas lâmpadas fluorescentes dos soquetes e substituí-las pelos LEDs, mas não tive tanta sorte; as lâmpadas LED eram curtas demais e não chegaram ao fundo do soquete. Um amigo que entende de serviços domésticos sugeriu que eu fizesse uma modificação no soquete, ajustando-o ao formato da lâmpada.

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"Isto é um pouco permanente demais, não?" perguntei, mas ele deu de ombros. "E daí?" foi a resposta. "Você terá mais de 90 anos quando tiver que trocar estas lâmpadas."

Assim, modifiquei os soquetes de toda a casa. As novas lâmpadas foram distribuídas pela casa.

E devo contar algo aos leitores: foi como uma reforma instantânea em toda a casa. A diferença é gritante. Ninguém precisa mais esperar até que as luzes se acendam; todos os cômodos ficam bem iluminados por inteiro quando mexemos nos interruptores. Vejo pela primeira vez a textura e a cor de minhas roupas no armário. E não preciso mais ser alertado por um parente bem intencionado a respeito do pedaço de espinafre preso no meu dente antes de sair de casa; a luz do banheiro é clara o bastante para que eu possa reparar nisto sozinho.

Trata-se de um dos melhores gastos que já fiz na casa. Um brinde às lâmpadas de LEDs - a luz do futuro, quase livre de contraindicações.

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* Publicado originalmente em 4/4/2012.

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