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Inovação e cultura maker contada por mulheres

Cities For Everyone: diversidade gerando inovação no urbanismo

Já imaginou como as cidades seriam caso elas fossem projetadas por mulheres? Provavelmente elas seriam mais inclusivas e sustentáveis beneficiando a todos. Alguns arquitetos defendem, por exemplo, que um planejamento urbano que leve em conta necessidades de transporte e segurança para mulheres acaba tornando a cidade mais segura e acessível para todos os grupos de pessoas.

Por Carine Roos
Atualização:

Um fato inegável é que as desigualdades de gênero permanecem profundamente enraizadas em toda a sociedade. A maioria das mulheres não possui acesso a trabalho digno e enfrenta desigualdades salariais em relação aos homens. Elas muitas vezes tem acesso negado à educação básica e aos cuidados de saúde. As mulheres em todas as partes do mundo também sofrem violência e discriminação, incluindo o medo, o assédio e outras formas de violência sexual.

Como contraponto, as tecnologias podem ser pensadas como importantes instrumentos para darem voz às mulheres. O aplicativo NINA, por exemplo, possibilita a denuncia, em tempo real, de violência sofrida em transportes públicos. O app mapeia os casos de assédio em ônibus e outros transportes das cidades, classifica tipo de crime, tempo, rota e ainda possibilita o registro de imagens. As tecnologias também podem ser entendidas como ferramentas cívicas, como é o caso do Safetipin, app que permite mapear, de forma colaborativa, as áreas mais seguras e inseguras da cidade. Nele, as usuárias podem avaliar os locais levando em conta fatores como o equilíbrio do uso do espaço entre homens e mulheres, sua impressão em relação ao local, condições das calçadas, percepção de segurança, entre outros.

 Foto: Estadão

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Cidades Para Todos

No dia 11 de fevereiro, das 14h às 19h, no Red Bull Station, ocorrerá o evento "Cities For Everyone", organizado pela UP[W]IT, cuja proposta é repensar o planejamento de cidades a partir de uma perspectiva de gênero com o auxílio da tecnologia. A programação terá início com um painel em formato de Aquário (Fishbowl) onde as painelistas e as participantes discutirão sobre os principais desafios enfrentados pelas mulheres no uso dos espaços urbanos.

Na sequência, em dinâmica conduzida pelo Coletivo Mola, serão cocriadas soluções para as cidades com base nos desafios levantados no painel e utilizando metodologias de design thinking. O evento contará com makers, arquitetas, urbanistas, designers, engenheiras e especialistas no tema smart-cities.

O propósito é que, ao final do evento, as soluções pensadas se tornem um "banco de ideias" para quem está pensando no desenvolvimento sustentável de cidades, podendo ser aprimorado e apresentado futuramente para ONGs e empresas que estejam implementando tecnologias para cidades inteligentes. As inscrições são gratuitas e podem ser acessadas no site da UP[W]IT.

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