Funciona mais ou menos assim:
Você inicia uma conversa com a Beta pelo chat. Toda vez que surgir alguma pauta importante, principalmente projetos de lei que podem acabar com alguns direitos das mulheres, a Beta entra em contato para propor alguma ação conjunta. Se você autorizar, ela pode enviar um e-mail pressionando congressistas como se fosse você.
Uma das características mais bacanas do projeto é a proposta de dar um novo uso a uma tecnologia já disponível.
"O bot hoje é muito utilizado em e-commerce e notícias, mas é um canal de comunicação com grande potencial para o ativismo. Se pensarmos que tivemos uma primavera das mulheres que saiu do Facebook em 2015, podemos potencializar o uso dessa rede social para nos unirmos em torno de questões que nos afetam", diz Laura Molinari, coordenadora de projetos do Nossas.
Em quatro dias, mais de 20 mil pessoas iniciaram uma conversa com a Beta. E isso é ótimo, porque são esses bate-papos que alimentam o repertório da inteligência artificial. Ou seja, quanto mais a Beta interage com as pessoas, mais precisa as respostas dela ficam.
Por último, mas não menos importante.
Há muitos projetos feministas de tecnologia, mas poucos dizem explicitamente que são. E Beta diz de cara ao que veio: é feminista até o último código. Por mais que haja sempre o risco de ganhar um rótulo, acho fundamental se declarar feminista. São projetos de tecnologia como a Beta que ajudam a eliminar, aos poucos, a incompreensão das pessoas a respeito do que é o feminismo.
Já curtiu a fan page da Beta?