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Felipe Matos

Fintechs usam blockchain para simplificar crédito no Brasil

11/12/2017 | 08h53

  •      

 Por Felipe Matos

Taynaah Reis, CEO da Moeda. Imagem: Divulgação Moeda

As criptomoedas são o tema do momento, com o bitcoin passando a surpreendente da barreira dos US$ 15 mil e a valorização de outras moedas e tokens. O potencial de disrupção e de aplicações das moedas virtuais, porém, está apenas começando a ser explorado. Um bom exemplo é a Moeda, uma startup que está usando a tecnologia blockchain como base de um sistema de microcrédito para baixa renda, com atuação em vários países, inclusive no Brasil.

A Moeda surgiu por iniciativa de Taynaah Reis, uma empreendedora e ativista que atua com projetos de impacto há bastante tempo, inclusive no âmbito das Nações Unidas. Desde os doze anos ela já atua com programação, e abriu sua primeira empresa aos 16 anos. Sua família também tem uma história de atuação com agricultura familiar, cooperativismo e desenvolvimento sustentável. Por tudo isso, Taynaah passou os últimos cinco anos estudando e avaliando como poderia usar o blockchain para fomentar o microcrédito.

No primeiro semestre de 2017, ela conheceu os outros fundadores da Moeda. E que time de peso! Brad Chun, o CTO da Moeda, já atuou na GE Capital, Deutsche Bank e Reservoir Capital, e trabalha com blockchain e bitcoin desde 2010. Isa Yu, a CFO, nasceu na China e é formada em Matemática pela Penn University. Juntos eles desenharam a engenharia tecnológica e financeira da Moeda.

Na prática, a Moeda é uma plataforma de crédito peer-to-peer, ou seja, capta recursos de investidores para financiar o microcrédito a tomadores. Contudo, o investidor não adquire um título de dívida ou um contrato de mútuo, mas uma quantidade de criptomeda, a MDA, emitida por meio do blockchain da Etherium, e que conta com toda a liquidez que uma moeda virtual tem. É aí que está o pulo do gato da Moeda. Ao transformar títulos de microcrédito em uma moeda virtual, ela dá liquidez aos investidores e permite a livre negociação desses créditos de dívida de forma digital pela blockchain.

O primeiro ICO da Moeda, realizado em agosto, captou US$ 20 milhões, a uma cotação de US$ 1 por 1 MDA, com mais de 90% dos investidores na China. Este recurso será investido em um projeto piloto de microcrédito no Brasil, em parceria com cooperativas como a Unicafes.

Infinitas possibilidades de aplicação do blockchain

A Moeda é um exemplo interessante do impacto do blockchain para transformar a dinâmica de diversas indústrias – principalmente a financeira.  Ao oferecer segurança e transparência de forma descentralizada e a baixos custos, a arquitetura da tecnologia permite que diversas operações financeiras complexas sejam simplificadas e agilizadas. Conceitos e serviços comuns no mundo das instituições financeiras, como custódia, autenticação e movimentação monetária estão sendo transformados pelas potencialidades da tecnologia.

Já há neste momento no Brasil startups como a Bart.digital, vencedora do 16º Demo Day da Startup Farm, que utiliza tecnolgia blockchain para substituir um logo processo de autenticação de documentos em cartório do chamado “barter”, uma modalidade de crédito rural pela qual o produtor troca créditos de safra futura por bens e insumos, com diversas vantagens de custo e tempo.

    Tags:

  • bitcoin
  • blockchain
  • Crédito peer to peer
  • startups

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Sobre o Blog

Empreendedor em série desde os 14 anos, Felipe Matos já apoiou mais de 10 mil startups ao longo de sua carreira. É fundador da aceleradora Startup Farm e diretor executivo do grupo Dínamo, que luta por melhorias em políticas públicas para startups. É conselheiro de diversas startups e de organizações nacionais e internacionais, como a Associação Brasileira de Startups e a rede Startup Nations. Foi diretor do programa Start-Up Brasil, do governo federal, e é cofundador da gestora de venture capital Inseed Investimentos e do Instituto Inovação. Neste blog, Matos vai contar histórias sobre o ecossistema brasileiro de startups.

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