PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Cultura hacker

Exercendo cidadania no Hackatão

Por Camilo Rocha
Atualização:

"É sexta à noite e essas pessoas podiam estar fazendo qualquer coisa, mas elas estão aqui exercendo seu papel de cidadãos", explica diz Daniela Silva, da comunidade Transparência Hacker, que participa do Hackatão.

PUBLICIDADE

Desenvolvedores e jornalistas estão debruçados sobre várias mesas e computadores discutindo maneiras de organizar e apresentar massas de dados em estado bruto.

Entre os temas, violência urbana, transparência orçamentária, educação e trabalho. "É um ano em que, além da eleição, estamos olhando muito para a cidade de São Paulo", comenta.

Para Daniela, não deixa de ter caráter político uma iniciativa onde as pessoas se reúnem espontaneamente para trabalhar com informações sobre sua cidade ou seu País. Sem nenhum político por perto. "Não tem nenhum vereador aqui", brinca.

O espírito é o do faça-você-mesmo. "Não tem setinhas, nem ninguém pegando na sua mão. É total auto-organização".

Publicidade

Daniela ressalta que, por mais tecnológico que seja um evento como o Hackatão, o espaço físico, não virtual, é fundamental. "O cara a cara é muito importante. E o legal é que são pessoas de diferentes áreas, mas que tem um interesse pela coisa pública."

A junção das sabedorias de hackers e jornalistas tem muito potencial para Daniela "porque um sabe construir um projeto e o outro sabe fazer as perguntas necessárias".

Terminadas as 24 horas do Hackatão, o que vem depois? "Os projetos criados ou iniciados tem que ser registrados como software livre. Daí eles podem virar qualquer coisa. É muito importante entender que o Hackatão é um processo, não um conjunto de produtos".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.