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Máquinas e aparelhos

Mais um ano intenso na longa batalha dos Androids

Por Ligia Aguilhar
Atualização:

A campanha do smartphone OnePlus One tem sido divertida de assistir. A pegada é agressiva, quase punk, um alento em meio à mesmice que caracteriza a publicidade de outros modelos.

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A assinatura da campanha traz uma mensagem desafiadora: "Never settle" (nunca se acomode). Uma promoção oferece o aparelho por US$ 1 a quem filmar seu smartphone atual sendo destruído (na ficha de inscrição há um campo para "método de destruição" que inclui martelo, taco de beisebol e fogo).

O OnePlus One será lançado em 16 países (como EUA, Taiwan e vários europeus; para o Brasil nada ainda). Ele é fabricado pela novíssima empresa OnePlus, fundada em 17 de dezembro de 2013 por Pete Lau, chinês que deixou a vice-presidência de outra fabricante de smartphones daquele país, a Oppo.

O marketing funcionou até agora. Sites de tecnologia falam do OnePlus One como se fosse a maravilha do século, mesmo aqueles que não tiveram contato direto com o aparelho.

No papel, as configurações são de fato de primeira linha, como câmera de 13 megapixels, processador de quatro núcleos de 2,5 gigahertz, enfim, aquela sequência de numeralha que faz a festa dos experts, mas que se tornaram uma tediosa repetição para o resto das pessoas. O que vale dizer é que ele olha grandões como o Galaxy S5 no olho e custará nos EUA entre US$ 299 e US$ 349, desbloqueado. É um excelente preço.

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O sistema operacional do OnePlus One é o CyanogenMod, chamado pelos criadores de "experiência alternativa de Android". Ele é baseado no sistema do Google, é compatível com seus aplicativos e pode ser instalado em diversos aparelhos Android, como o Nexus 5 e vários modelos Galaxy, da Samsung, e Optimus, da LG.

A chegada do OnePlus One promete esquentar ainda mais a chapa do mundo Android. É uma área de intensa competição que recebe em 2014 novos proponentes de respeito. No começo do ano, a Nokia deixou de lado um pouco seus modelos com sistema Windows Phone e apresentou três Android (X, X+ e XL). Semana passada, a fabricante chinesa Xiaomi, empresa criada em 2010 e que hoje vale US$ 10 bilhões, anunciou expansão internacional para 10 países, inclusive o Brasil (a empresa tem como vice-presidente o mineiro e ex-Google Hugo Barra).

Pode-se supor que, em um sistema com 80% do mercado global, e mais os milhões de novos usuários que chegam todo ano, tem espaço para todo mundo. Mas não é tão simples assim. Muitas empresas boas e esforçadas acumulam montanhas de encalhe nesse meio.

Com tantos modelos de Android oferecendo coisas parecidas, o desafio é ser lembrado. Samsung e LG, por exemplo, enchem as prateleiras com sucessivos modelos e variantes de aparelhos já lançados.

Costuma-se dizer que o consumidor só tem a ganhar com tantas opções. Depende. Para muita gente não especializada, a experiência de comprar um novo celular anda bem complicada. São pessoas que até agora só conseguiram guardar o nome de um celular: iPhone.

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