Link Estadão

 
  •  inovação
  •  cultura digital
  •  gadgets
  •  empresas
  •  games
formulário de busca
Imagem Homem Objeto

Homem Objeto

Máquinas e aparelhos

Quanto vale o show da música digital?

Serviços de streaming de música duelam em oferta de acervo e número de usuários, mas ainda precisam convencer usuários a pagar

18/05/2014 | 19h00

  •      

 Por Camilo Rocha

FOTO: Divulgação

A quase certa compra da Beats pela Apple deve acontecer nesta semana. Para quem não acompanhou, a potência de Cupertino teria pago US$ 3,2 bilhões por uma empresa fundada por dois veteranos da indústria musical, os produtores Jimmy Iovine e Dr. Dre, e que fez seu nome com fones de ouvido estilosos e um recém-lançado serviço de streaming musical.

A Beats Music só tinha atingido 200 mil usuários, mas proporcionaria à Apple uma maneira de ingressar nesta nova etapa do consumo de música, em que ouvintes não baixam mais música e sim a escutam direto da internet. Depois de reconfigurar a indústria musical com o iTunes e o iPod no começo da década passada, a empresa fundada por Steve Jobs andava cochilando neste desdobramento mais recente.

A notícia joga mais lenha em um debate em que não se enxerga uma conclusão a curto prazo: o streaming musical é um negócio viável? Apesar de recebido pela indústria fonográfica como colete salva-vidas em naufrágio, é um setor em fase de implementação, em que o dia de amanhã ainda não está garantido.

Até agora, os serviços de streaming têm mantido bastante segredo sobre seus números. Mesmo o que se divulga é colocado em dúvida. Citando fontes de bastidores, o Financial Times questionou em reportagem os 6 milhões de assinantes que o Deezer alega ter, acusando a empresa de inflar seus números ao incluir usuários que receberam uma assinatura como parte de pacote de operadora mas que não chegaram a ativar o serviço.

O caminho do Deezer no Brasil tem sido no mínimo curioso: no começo, o usuário ganhava dois meses de uso gratuito e depois começava a pagar. O período gratuito foi depois esticado para seis meses. Recentemente, o Deezer foi além e dividiu o serviço entre uma modalidade totalmente gratuita e duas pagas.

A demora da chegada do sueco Spotify ao Brasil traz pistas sobre um dos motivos que complica a rentabilização do streaming de música. Segundo informações de bastidores, espinhosas negociações com gravadoras e editoras musicais teriam segurado o lançamento do serviço no País, esperado inicialmente para o fim do ano passado e que finalmente deve ocorrer no final de maio. A mordida do licenciamento de músicas é profunda. Em 2012, executivos da empresa no exterior disseram que 70% de sua receita se destinava ao pagamento de direitos.

As empresas de streaming precisam de muitos milhões mais de assinantes para gerar lucro líquido. O Spotify declarou que conseguiu diminuir seus custos operacionais de 2012 para 2013. Mesmo assim, seu prejuízo aumentou entre os dois anos, indo de US$ 58,8 milhões para US$ 77,4 milhões.

Mas talvez o maior obstáculo dessas empresas seja convencer o público a pagar por algo que existe de graça na internet (o acervo ilimitado do YouTube esta aí para provar). A tarefa é ainda mais difícil quando se trata de gerações mais jovens e países como o Brasil, onde a pirataria é um ingrediente do dia a dia.

    Tags:

  • Deezer
  • música
  • Rdio
  • Spotify
  • streaming
  • streaming de música

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.

Assine o Estadão Já sou Assinante

Tendências

  • Clubhouse: conheça a rede social de áudios que caiu na boca do povo
  • Bateria, sensores e potência: saiba como escolher um robô-aspirador de pó
  • Vazamento de dados: veja tudo o que já sabemos sobre o caso
  • Megavazamento de janeiro fez meio milhão de celulares corporativos circularem na internet
  • Pequeno mas potente, iPhone 12 mini é prova de que tamanho não é documento

Mais lidas

  • 1.O Terça Livre é só o começo
  • 2.Vazamento de dados: veja tudo o que já sabemos sobre o caso
  • 3.Neuralink, de Elon Musk, fez macaco jogar videogame com chip no cérebro
  • 4.De olho no setor industrial, Peerdustry recebe aporte de R$ 3 milhões
  • 5.LG anuncia estilo de vida mais inteligente

Blogs e colunas

  • Pedro Doria 

    Pedro Doria

    Estado, empresas e sociedade precisam ser reinventados para o trabalho do século 21

  • Mauricio Benvenutti 

    Maurício Benvenutti

    Clubhouse repete a história de outros serviços digitais

  • Felipe Matos 

    Felipe Matos

    Ecossistema se une por mudanças no marco legal das startups

  • Demi Getschko* 

    Demi Getschko

    Vazamentos mostram que a privacidade não existe mais

Mais em Blogs e Colunas
  • Meu Estadão
  • Fale conosco
  • assine o estadão
  • anuncie no estadão
  • classificados
  •  
  •  
  •  
  •  
  • grupo estado |
  • copyright © 2007-2021|
  • todos os direitos reservados. Termos de uso

compartilhe

  • Facebook
  • Twitter
  • Linkedin
  • WhatsApp
  • E-mail

Link permanente

{{ $dfp_banner['x44'] or '' }}