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Máquinas e aparelhos

Tecnologia do otimismo

21/12/2014 | 21h03

  •      

 Por Camilo Rocha

Nesse trabalho de acompanhar o mundo da tecnologia e o comportamento ligado a ele, é comum experimentar uma desagradável sensação de vazio. É afinal um universo que nos premia com doses diárias de absurdo e mau gosto. Vaidades descontroladas nas redes sociais. Discussões de Facebook que são encadeamentos de monólogos. Gente que idolatra um telefone celular!

Existe também um lado escuro e sinistro. São os abusos da tecnologia, que vão do bullying cibernético às contínuas ameaças contra a privacidade das pessoas na rede.

Graças ao fluxo inesgotável de notícias sensacionalistas e às próprias interações desagradáveis que temos no dia a dia, é fácil se deixar levar pela percepção de que a tecnologia está criando um mundo bem esquisito.

Tecnologia nova, e estamos apenas na infância da era digital, sempre causa reações ambivalentes. Faz sentido: é tudo muito recente e não sabemos bem no que vai dar. “Tecnologia recente é vista mais como ameaça – a nossos empregos, saúde, valores – do que como bênção”, escreveu o jornalista e historiador norte-americano Richard Rhodes na introdução de Visions of Technology, livro que faz um retrospecto das reações às novas tecnologias ao longo do século 20.

Quais seriam as bênçãos do contexto digital de hoje? Dos apps de saúde à cultura empreendedora, são muitas para caber aqui. Seleciono uma que considero particularmente relevante: o uso da internet para o exercício da cidadania e uma maior participação social.

Uma pesquisa divulgada pela agência F/Nazca na semana passada mostrou o seguinte: um em cada quatro usuários da rede já fez parte de algum movimento social pela internet, sendo que este envolvimento cresceu desde 2011 (era 16%; hoje é 26%). A pergunta da pesquisa para obter o dado de 2014 foi: “Você já participou pela internet /apoiou virtualmente algum movimento social ou político, causa humanitária ou mobilização em busca de melhorias para seu bairro, cidade ou país?”

Como exemplos de “movimentos sociais” a pesquisa cita a mobilização pelo Parque Augusta, em São Paulo, garantindo a entrega de área verde pública em local onde está previsto um empreendimento imobiliário. Outro caso citado é a campanha #OcupeEstelita, no Recife, que conseguiu barrar a demolição do cais José Estelita para a construção de 12 torres de 41 andares.

Lançada um pouco antes, a pesquisa “Juventude Conectada”, da Telefonica, obteve 64% de respostas positivas à colocação “A internet permite a melhor organização das pessoas para resolver problemas da sociedade”.
Alguns meses antes, o ano foi marcado pela concretização de um projeto que nasceu a partir de consulta popular via internet: o Marco Civil. Apesar de ter seguido a rota da política tradicional nas últimas etapas antes de sua aprovação, a chamada Constituição da Internet começou em 2012 como um projeto aberto à contribuição dos cidadãos.

O uso engajado da rede pelos brasileiros mereceu destaque no último Web Index, relatório anual da fundação de Tim Berners-Lee, o “pai da internet”, sobre a influência social, política e econômica da rede: “O compromisso político por uma internet para todos é forte. E, como demonstraram os protestos de 2013, incentivados pela internet, também o é a vontade dos cidadãos de usá-la.”

    Tags:

  • cidadania
  • comportamento
  • internet
  • movimento social
  • smartphone

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