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Na Campus Party, ligar para qualquer país é gratuito

Pelo segundo ano seguido publicitários levam serviço de VOIP ao evento

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Por Redação
Atualização:

Os orelhões da Telefônica instalados na Campus Party permanecem quase que 100% do tempo vazios. Isso se deve em grande parte pelo fato de que a maioria das pessoas por aqui (para não dizer todos) possui celular - e, além disso, prefere se comunicar por Messenger, Gtalk ou Twitter.  Mas outra coisa vem contribuindo para a abstinência de uso nos telefones públicos: um telefone VOIP, alojado dentro de um chamativo orelhão laranja e azul, gera filas de pessoas que querem fazer, gratuitamente, ligações para mais de 55 países.

 Foto: Estadão

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Fotos: Gustavo Valdivia/Sala Um

Os idealizadores do orelhão que permite a qualquer campuseiro fazer ligações do tempo que desejar e sem gastar nada são os publicitários Alessandro Lourenção, Fernando Areias e Gustavo Valdivia. Lourenção conta que o embrião da ideia surgiu em 2008: "Nós estávamos reunidos em casa e queríamos bolar algo para chamar a atenção na Campus Party de 2009. Daí sugeri que colocássemos vários telefones VOIP para as pessoas ligarem de graça". A partir desse ponto, a ideia foi refinada pelos outros publicitários: "Logo depois a gente falou pro Alessandro: 'Não, tem que ser apenas um telefone, pra formar fila. E tem que ser um orelhão, pra chamar a atenção das pessoas'", complementou Valdivia.

 Foto: Estadão

Em 2009, o projeto foi realizado de maneira improvisada: a estrutura do orelhão era de madeira, e a conta das ligações (bem pequena, mas ainda assim existente) foi paga do bolso dos publicitários ("nós pedíamos doações, leiloávamos camisetas e no final não gastamos muito", lembra Lourenção). Para 2010, a história já foi outra: o projeto conta com diversos patrocinadores que pagam à conta das ligações e o orelhão, doado por um apoiador da ideia, é idêntico aos que você encontra na rua, exceto por ser laranja e azul.

Mas qual o motivo de disponibilizar um serviço telefônico gratuito na Campus Party? Alessandro Lourenção aponta dois: um pessoal e outro coletivo. "Pra mim, como publicitário, foi uma grande aprendizado, principalmente em relação à imprensa. Aprendi a falar com jornalistas, a entender como as coisas repercutem na mídia. E isso me deu uma visibilidade que nada tinha dado. Mas como grupo, nós temos o desejo de divulgar essa ideia. Mostrar pras pessoas que o telefone tradicional não é a única opção: há outras, muito mais baratas".

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Além disso, Lourenção crê ser esse o modelo que vingará para a publicidade nos próximos anos. "Nós, como publicitários, acreditamos que esse é o futuro. A propaganda tem uma imagem ruim, de ser invasiva e , por isso, cada vez mais as campanhas terão que estar associadas a algo legal como a ecologia, ou a algum serviço útil para a sociedade. Algo que promova o produto ou a ideia, mas que também produza um serviço", finaliza.

Quer saber mais sobre o VOIP grátis na Campus Party? Entre no blog dos publicitários aqui.

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