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Videogames de A(tari) a Z(elda)

A linha tênue entre o hábito e o vício

Por João Coscelli
Atualização:

O hábito de passar muito tempo jogando muitas vezes é chamado de "vício em videogames". É uma expressão bastante pejorativa. Embora, de fato, às vezes haja um exagero na relação com os jogos eletrônicos, o que pode acarretar consequências sociais e de saúde para o indivíduo, o vício não pode ser confundido com um hobby ou uma atividade da qual ele é entusiasta.

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É justamente a linha entre vício e hábito que Andrew Zaitsoff quer traçar. O americano é um doutorando em psicologia na Universidade de Indiana e quer explorar, no campo da saúde mental, as diferenças entre indivíduos com comportamento de altos níveos de engajamento com videogames e aqueles com comportamento do vício propriamente dito.

"Qualquer um que joga já ouviu sobre pesquisas a respeito do vício em games. Eu li muito sobre isso e descobri que existe a ideia de que gastar muito tempo jogando ou pensando em videogames torna a pessoa viciada. Acho que é um pouco mais complexo que isso", diz o estudante. Em 15 minutos você ajuda o doutorando a resolver questões que necessitam de respostas há anos e de quebra pode refletir um pouco sobre seus hábitos.

É aí que você pode ajudá-lo em seu projeto. Zaitsoff abriu um questionário online para qualquer pessoa participar. A pesquisa pede que o indivíduo informe dados demográficos, como idade e renda, e faz perguntas comportamentais, sobre como o respondente se sentiu nas últimas semanas.

O único requisito para responder à pesquisa é ser maior de 18 anos. Quanto ao tipo de game consumido, não importa. "World of Warcraft, Call of Duty, Bejeweled ou o que quer se seja é útil. E tanto faz se você joga em console, smartphone, PC. Quero ter respostas sinceras sobre seus hábitos de jogar e sua saúde mental", conclui.

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O objetivo do americano é estabelecer um parâmetro para definir se uma pessoa é viciada em jogos ou não. Segundo ele, o hábito torna-se vício a partir do momento em que ele passa a interferir na saúde mental e na rotina do indivíduo, ou seja, ganha uma dimensão grande demais para ser controlado e acaba atrapalhando sua vida. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria, não lista o vício em games como um distúrbio oficial, mas lista um transtorno relacionado a jogos na internet como algo a ser estudado com mais profundidade.

Fonte: Polygon

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