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Videogames de A(tari) a Z(elda)

Cinco razões pelas quais os videogames fazem bem à saúde

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Por João Coscelli
Atualização:

O senso comum associa os videogames ao sedentarismo, ao vício e à produção de assassinos em série. Tal visão conservadora tem sido insistentemente combatida e, embora careça de embasamento, ainda perdura.

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Por isso, o site IGN olhou para o outro lado e resolveu mostrar os benefícios de dedicar algumas horas por dia a apertar botões em frente à televisão.

Melhora da coordenação motora - Cientistas da Universidade de Deakin, na Austrália, conduziram recentemente um estudo que mostrou que crianças que passaram algum tempo com jogos interativos - como os do Wii - tinham habilidades motoras melhores que as crianças que não jogavam, o que inclui chutar, arremessar ou pegar uma bola.

O site citou ainda uma pesquisa da Universidade do Estado de Iowa (EUA) segundo o qual médicos que jogavam foram 27% mais rápidos e cometeram 37% menos erros que profissionais não jogadores em cirurgias de laparoscopia, que envolvem equipamentos minúsculos e movimentos calculados.

Alívio da dor - A base deste ponto está em dois estudos: um feito pela Sociedade Americana de Dor em 2010 e outro pela Universidade de Keele (Grã-Bretanha) agora no segundo semestre deste ano.

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No primeiro, pacientes de quimioterapia disseram sentir "menos estresse e agitação" enquanto imersos em um mundo virtual, enquanto a intensidade atribuída às dores causadas por queimaduras caiu de 30% a 50%. No segundo, pessoas que jogaram games considerados violentos conseguiram suportar uma pedra de gelo nas mãos por 5% mais tempo que as que jogaram um título esportivo. A sensibilidade à dor é um fator ligado ao estresse - quanto maior, mais estresse.

Melhora da visão - A ciência é amplamente favorável neste ponto. Estudo de 2007 da Universidade de Rochester (EUA) aponta que 30 horas de "treinamento" com jogos de tiro melhoram de forma significativa a habilidade de enxergar objetos pequenos à distância.

Em 2009, também em Rochester, cientistas provaram que pessoas que jogam games de ação têm uma visão 58% melhor no que diz respeito à percepção de contrastes.

Daphne Maurer, da Universidade McMaster, de Ontário (Canadá), demonstrou por meio de uma pesquisa que dez horas de videogame foram suficientes para aumentar a capacidade visual de pessoas que nasceram quase cegas por causa da catarata. Após 40 horas, essas pessoas conseguiram ler mais duas linhas naqueles painéis letreiros utilizados em exames de vista.

Tomada de decisões - A Universidade de Rochester parece amar videogames. Uma pesquisa de 2010 mostrou que os jogos ajudam as pessoas a tomarem a decisão certa mais rapidamente. Segundo o estudo, jogadores desenvolvem um alto nível de sensibilidade sobre o que está acontecendo ao seu redor. O cérebro dos jogadores torna-se mais eficiente na recepção e no processamento de informações visuais e auditivas.

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Combate a doenças mentais - Na Universidade de Auckland (Austrália), descobriu-se que um jogo produzido para lidar com adolescentes em depressão apresentou resultados tão eficazes quando o aconselhamento psicológico. O game, chamado Sparx, reduziu os sintomas do distúrbio tanto quanto o tratamento convencional.

Outro exemplo: jogar algumas partidas de Tetris é um bom modo para evitar o desenvolvimento de transtorno de estresse pós-traumático, de acordo com a pesquisa desenvolvida por uma equipe da área de psicologia da Universidade de Oxford. Isso ocorre porque o clássico dos bloquinhos interfere no processo de armazenamento de memória do cérebro, o que torna mais difícil a retenção de lembranças traumáticas que são revisitadas por meio de flashbacks.

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